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Bento XVI ratifica apelo pela paz imediata na Costa do Marfim e na Líbia

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 06-04-2011, Gaudium Press) O Papa Bento XVI fez hoje um novo e emocionado apelo pelo fim dos conflitos na Costa do Marfim e na Líbia. A manifestação do pontífice aconteceu ao cabo da audiência geral.

“A violência e o ódio são sempre uma derrota! Por isto dirijo este novo e aflito apelo a todas as partes em causa, para que se inicie uma obra de pacificação e de diálogo e se evitem posteriores derramamentos de sangue”, afirmou o Papa.

O pontífice expressa a sua “grande apreensão” pelos “dramáticos acontecimentos” nos dois países africanos. Refere-se também ao Cardeal Turkson, que se encontra bloqueado e não consegue chegar à Costa do Marfim onde deveria manifestar a solidariedade do Santo Padre à população.

“Espero, também, que o Cardeal Turkson, que encarreguei de dirigir-se à Costa do Marfim para manifestar a minha solidariedade, possa entrar brevemente no país”.

Costa do Marfim

Os conflitos na Costa do Marfim, originados depois que o candidato derrotado ao pleito presidencial de novembro passado, o atual presidente Laurent Gbabgo, recusou-se a deixar o poder, atingiram um ponto crítico nos últimos dias. As tropas e simpatizantes do oposicionista Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como virtual vencedor das eleições e novo presidente do país, enfrentam há semanas as tropas de Gbabgo, que agora se encontra encurralado e sob forte artilharia em seu palácio presidencial e já articula uma rendição.

A ONU e a França atuam na região a fim de evitar mais mortes no conflito. Calcula-se que, até o momento, mais de 800 pessoas morreram. Centenas de milhares de marfinenses teriam se refugiado em países vizinhos.

Líbia

Na Líbia, continuam os ataques da coalização internacional sob mandato da ONU contra as tropas do ditador Muammar Kaddafi, enquanto grupos rebeldes lutam em terra contra forças do ditador pelo controle de diversas cidades do país. As ações da coalização, agora comandada pela OTAN, visam à imposição de uma zona de exclusão aérea, conforme aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o fim alegado de evitar que as forças de Kaddafi atacassem alvos civis.

A coalização fora inicialmente liderada por Estados Unidos, França e Reino Unido, mas depois de uma série de divergências sobre as ações e discrepâncias sobre quem estava no controle de fato, uma conferência em Londres outorgou oficialmente o controle das operações à organização militar do Atlântico Norte. A Santa Sé participou desta conferência, que reuniu mais de 30 representantes de países ocidentais, africanos e árabes, como observadora.

 

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