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No Ângelus, Papa diz que vocação ao sacerdócio leva a uma nova dimensão da liberdade

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“Deus não é uma entidade abstrata, mas uma realidade grande e forte”, disse o Papa 

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 28-06-2010, Gaudium Press) A vocação ao sacerdócio ou à vida religiosa é “uma das experiências mais belas da Igreja”, disse o Papa neste domingo, no tradicional encontro com os fiéis para a oração mariana do Ângelus. Como em todo domingo, Bento XVI se aproximou da janela do seu escritório particular no Palácio Apostólico para dirigir-se aos católicos presentes na Praça de São Pedro.

No discurso de ontem, Bento XVI partiu da análise do Evangelho do dia, de Lucas, para abordar novamente a vocação sacerdotal. O Santo Padre refletiu sobre a passagem na qual Jesus, enquanto caminha pela estrada em direção a Jerusalém, encontra alguns homens, provavelmente jovens, que prometem segui-Lo onde for.

Com eles, Jesus se demonstra muito exigente, advertindo-os de que “o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”, de forma que quem escolhe trabalhar com Ele no campo de Deus não pode mais voltar atrás. A outro, lembra o Papa, Jesus diz: ‘Segue-me, pedindo-lhe uma interrupção radical com o passado inclusive com os familiares’.

“Deus não é uma entidade abstrata, mas uma Realidade grande e forte” e também “uma Pessoa vivente e próxima, que nos ama e pede para ser amada”, observa o pontífice, refletindo sobre a passagem. A vocação divina pode parecer dura, mas na realidade é “a novidade e a prioridade absoluta do Reino de Deus”. “Seguir Jesus” significa “uma nova dimensão da liberdade” para o homem que decide deixar “a família de origem, os estudos ou o trabalho para se consagrar a Deus”.

O chamado feito no Evangelho prefigura a vocação religiosa e sacerdotal que requer uma total adesão. Para o Santo Padre, esse chamado é “uma das experiências mais bonitas que fazem na Igreja: ver, tocar com a mão a ação do Senhor na vida das pessoas.

Bento XVI recordou ainda, após a oração e concessão de sua benção apostólica, a figura de Estéphan Nahmé, que foi proclamando beato no Líbano. Foi um religioso da Ordem Libanesa Maronita, uma das mais influentes no país, que viveu entre os anos 1889-1938. A cerimônia de beatificação foi presidida pelo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato.

O tema da vocação divina esteve ao centro das tradicionais saudações. Em espanhol, Bento XVI afirmou: “En el evangelio proclamado este domingo, se nos muestra un verdadero programa de vida cristiana y Jesús mismo nos invita a un seguimiento más radical de su Persona, basado en el amor y el servicio. De la mano de la Santísima Virgen María, supliquemos la gracia de entender cada día más esta paradoja evangélica: que sólo el que pierde la vida por Cristo, la gana realmente”.

De 7 de julho até meados de setembro o Papa estará em Castel Gandolfo para seu habitual período de descanso. Este foi o último Ângelus do Papa em Roma antes de suas férias, já que no próximo domingo o pontífice se dirige a Sulmona para a visita pastoral pelo 8° centenário de nascimento do Papa Celestino V.

Pela primeira vez em anos, o Santo Padre não deixará sua residência de verão, permanecendo durante todo o seu período de férias em Castel Gandolfo. Nos anos anteriores, Bento XVI se dirigia por cerca de duas a três semanas também às regiões do Vale d`Aosta ou de Bressone.

 

 

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