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Durante abertura de simpósio em Roma, Cardeal Bertone critica buscas em arcebispado belga

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 29-06-2010, Gaudium Press) “Um sequestro, um fato grave e inacreditável”. Essas foram algumas das palavras do cardeal secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, sobre as buscas realizadas pela polícia belga na sede da arquidiocese e na catedral de Malines-Bruxellas, em inquérito sobre os casos de abuso sexual naquele país. Cardeal Bertone teceu seus comentários durante uma intervenção no simpósio internacional de docentes universitários, sobre a encíclica social de Bento XVI “Caritas in Veritate”, promovido pela Vicariato de Roma no último sábado.

“Não há precedentes nem mesmo nos regimes comunistas”, declara cardeal Bertone. O secretário de Estado recorda, com críticas, que os bispos interrogados “ficaram retidos por novas horas, sem beber nem comer”.

“Caritas in Veritate”

Referindo-se ao tema do simpósio, o purpurado convidou os docentes a estudar e implorar a encíclica “Caritas in Veritate”, do Papa Bento XVI. Para o cardeal, a “absolutização da economia termina por subverter a ordem entre fins e meios. A unidade do mundo globalizado é buscada no plano das causas instrumentais: o fim terreno é confundido com aquele transcendente”. Há necessidade do “sentido do divino” para referir os sistemas morais e filosóficos laicos dos séculos passados, diz o secretário de Estado.

A “Caritas in Veritate” mostra mais a imagem de uma “economia social”, de uma “economia civil”, “da gratuidade e da fraternidade”. Mas o papel da encíclica não é o que de indicar “um sistema econômico concreto e particular”, nem mesmo de “oferecer uma projetualidade econômica germinal, um ideal de economia, inclusivo de perfis de instituições historicamente reconhecíveis”, diz.

No entanto, prossegue o cardeal, “tanto a (encíclica) “Centesimus Annuns” quanto a “Caritas in Veritate” afirmam que o livre mercado realiza eficazmente um tipo de solidariedade que nem o Estado nem a sociedade civil estão em grau de promover. O mercado é um potente instrumento não só por utilizar melhor os recursos, mas também por resolver tantos problemas concretos”, explicou o cardeal Bertone.

 

 

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