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Bispos mexicanos protestam contra lei que permite adoção por casais homoafetivos

Cidade do México (Terça-feira, 17-08-2010, Gaudium Press) A Suprema Corte de Justiça do México aprovou ontem uma lei que permite a casais homoafetivos adotar crianças. A lei é válida somente no Distrito Federal (Cidade do México), onde desde 2009 o casamento entre pessoas do mesmo sexo é reconhecido, já que para poder adotar os casais precisam estar unidos em “matrimônio regular”. Com Rádio Vaticana.

No último dia 5 de agosto, em resposta a um recurso apresentado pelo Escritório do governador, A Suprema Corte havia manifestado a constitucionalidade da lei . Diante da aprovação, o arcebispo de Guadalajara, Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, em um extenso documento publicado no site do episcopado mexicano, e reforçando as palavras de outros prelados, declarou, além de sentir “tristeza e desilusão” por uma decisão tão grave, que os juízes foram “negligentes com o bem comum, a lógica do senso comum e manifestaram desprezo pela lei natural”.

Para o arcebispo, a concessão dos mesmos direitos de um casal heterossexual a um casal homossexual “é uma aberração que se junta a outras acumuladas recentemente” e “prejudica profundamente o matrimônio, formado por um homem e uma mulher, e a família, prole de uma união entre pessoas de sexo diferente”.

Ainda em sua declaração, o cardeal, referindo-se especificamente às crianças que poderiam ser adotadas por casais homossexuais, cita diversos estudos sobre o caso que demonstram os riscos a que estão submetidos estes filhos. O religioso afirma que “não devem ser levados em consideração somente os direitos das pessoas de mesmo sexo que querem adotar crianças, mas também os direitos fundamentais das crianças, em particular de quem pode ser dado em adoção”.

Segundo o purpurado, se uma criança precisa ser adotada, “o Estado deve vigiar para que este seu direito seja uma oportunidade para se inserir na sociedade da melhor forma possível” e, para isso, “ter uma mãe e um pai é o ambiente mais adequado”.

“Não se tratam de argumentos religiosos e nem mesmo de um simples envolvimento moral na ordem civil, tampouco ingerência na laicidade do Estado, mas de provas científicas que conhecemos assim como consequências da lei natural”, prossegue o purpurado em sua mensagem. Todos são “elementos determinantes para afirmar que o ambiente propício para o desenvolvimento destas crianças é o casal heterossexual”.

Retomando argumentos que havia já apresentado nos últimos dias, Cardeal Íñiguez concluiu: “As crianças nascem da união entre um homem e uma mulher. Nunca uma criança nasce da união entre pessoas do mesmo sexo; portanto, o seu desenvolvimento deve estar estritamente ligado à sua origem, e este é um direito que hoje foi violado pela Suprema Corte de Justiça”.

 

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