“Cristo é modelo de humildade e de gratidão”, afirma o Papa no Angelus

Castel Gandolfo (Segunda-feira, 30-08-2010, Gaudium Press) na reflexão que fez sobre o Evangelho dia dia, durante a reditação do Ângelus, neste domingo, em Castel Gandolfo, o Papa Bento XVI ressaltou que Cristo é “modelo de humildade e de gratuidade” e que “d’Ele aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor”.

Segundo o Santo Padre, as palavras de Cristo não são “uma lição de etiqueta, nem sobre a hierarquia entre as diversas autoridades”, mas têm um significado mais profundo, falam de humildade: “quem quer que se exalte será humilhado, e quem se humilha será exaltado”; e sobre “a posição do homem em relação a Deus”.

Conforme o Papa, palavras de Cristo não são lição de etiqueta, nem de hierarquia entre diversas autoridades

“O ‘último lugar’ pode de fato representar a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual somente a Encarnação do Filho Unigênito pode reerguê-la – continua em sua reflexão o Papa – por que este mesmo Cristo “tomou o último lugar no mundo – a cruz – e justamente com essa humildade radical nos redimiu e nos ajuda constantemente”.

Bento XVI citou então dois exemplos, o de São Luís IX, rei de França e São João Batista. Para o pontífice, o santo francês no seu “Testamento espiritual ao filho” advertia contra a glória e a vaidade no comportamento em relação aos outros. São João Batista é, por sua vez, exemplo para os cristãos “de como dar espaço a Cristo renegando a si mesmo”.

Entre os presentes para acompanhar a oração mariana em Castel Gandolfo, havia um grupo de fiéis provenientes de Verona, que por três semanas caminharam até Roma, fazendo uma parte do antigo percurso da “Via Francigena” que levava os peregrinos de Londres à Jerusalém passando pela Cidade Eterna. Entre Verona e Roma há aproximadamente 500 km.

A partir da próxima quarta-feira as audiências voltam a acontecer na Praça São Pedro, enquanto as cerimônias do Ângelus permanecem em Castel Gandolfo.