Gaudium news > Em Carpineto Romano, Bento XVI afirma que o Cristianismo trouxe profundas mudanças à humanidade

Em Carpineto Romano, Bento XVI afirma que o Cristianismo trouxe profundas mudanças à humanidade

Papa celebra missa Carpineto em Roma.JPG
Em sua homilia, Papa Bento XVI falou sobre as virtudes da fé cristã

Carpineto Romano (Segunda-feira, 06-09-2010, Gaudium Press) Leão XIII foi um pontífice que vivia o conceito da “sabedoria cristã”, isto é, “uma mensagem que conjuga fé e vida, verdade e realidade concreta”, afirmou Bento XVI. Na manhã deste sábado, motivado pelo bicentenário de nascimento de Leão XIII, Bento XVI realizou sua esperada visita pastoral a Carpineto Romano, cidade natal do Papa Pecci.

Carpineto Romano é um pequeno lugarejo perto de Roma, localizada à leste dos montes Lepini, na diocesi de Anagni-Altri, região do Lácio. Ali, em 12 de março de 1810, nasceu Gioacchino Vincenzo Pecci, futuro Papa Leão XIII. Bento XVI foi o terceiro pontífice, depois de Paulo VI em 1966 e João Paulo II em 1991, a visitar a cidade.

Na homilia da celebração eucarística que presidiu na praça central da cidade, junto a um grande número de fiéis, Bento XVI falou sobre as virtudes da fé cristã: a primazia absoluta de Deus e de Cristo, a sabedoria na vida cristã e a fraternidade cristã que remove todos os obstáculos. Em Jesus Cristo, “as perguntas do homem de todos os tempos, que busca a verdade sobre Deus e sobre si mesmo, encontram respostas”, observou o pontífice, lembrando que há “três condições necessárias para ser seu discípulo: amá-Lo acima de toda e qualquer pessoa e mais do que a própria vida; carregar a própria cruz e segui-Lo; renunciar a todos os próprios bens”.

Sobre o Papa Leão XIII, considerado o fundador do magistério social da Igreja, Bento XVI disse que foi um pontífice de grande fé e profunda devoção, que pertencia à Ordem Terceira da Família Franciscana. “As palavras e os atos de Papa Pecci deixavam transparecer sua íntima religiosidade”, afirmou Bento XVI.

“Na sua época, a da tempestade napoleônica, que foi um tempo difícil para a Igreja Católica e a sociedade se encontrava em duras condições de vida, ele, já um Papa muito idoso, mas sábio e de visão, pôde assim introduzir no século XX uma Igreja rejuvenescida, com um comportamento justo para enfrentar os novos desafios”, afirmou Bento XVI. Apesar de ter que permanecer “prisioneiro” no Vaticano, “na realidade, com o seu Magistério, representava uma Igreja capaz de enfrentar sem complexos as grandes questões da contemporaneidade”.

Pessoas vêem o Papa.JPG
Santo Padre presidiu a celebração eucarística na praça central da cidade junto a um grande número de fiéis

Referindo-se às leituras do dia, o Santo Padre abordou também o significado da fraternidade cristã, que não trata mais ninguém como “escravo, mas como irmão em Cristo”. “”A nova fraternidade cristã supera a separação entre escravos e livres, e ativa na história um princípio de promoção da pessoa que levará à abolição da escravidão, mas também a ultrapassar outras barreiras que até hoje existem. O Papa Leão XIII dedicou justamente ao tema da escravidão a encíclica Catholicae Ecclesiae, de 1890.”

Falando sobre o magistério social da Igreja, o Papa explicou que foi o Cristianismo que “impulsionou a promoção humama” no desenvolvimento da civilização. Foram os cristãos na história moderna que começaram a “mudança profunda favorecendo o desenvolvimento das potencialidades internas da própria realidade” nos primórdios da Era Industrial na Europa. “É essa a forma – observa o Santo Padre – de presença e de ação no mundo proposta pela doutrina social da Igreja, que mira sempre o amadurecimento das consciências de válidas e duradouras transformações”.

Ao final, ao despedir-se dos cidadãos de Carpineto Romano, o Santo Padre deixou “o mandamento antigo e sempre novo: amai-vos como Cristo nos amou, e com este amor sejais sal e luz no mundo. Assim sereis fiéis à herança do vosso grande e venerado concidadão, o Papa Leão XIII”.

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas