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Observador Permanente da Santa Sé na ONU põe liberdade religiosa no centro dos direitos humanos

Genebra (Quinta-feira, 03-03-2011, Gaudium Press) “No coração dos Direitos Humanos, estão a liberdade religiosa, a liberdade de consciência e a liberdade de crença. Elas fazem parte da formação da personalidade de cada um e tornam possível a vivência dos outros Direitos Fundamentais”. Assim abriu seu discurso, ontem, na 16ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU o arcebispo Silvano Maria Tomasi, observador permanente da Santa Sé na organização.

Dom Tomasi centrou seu discurso basicamente todo na questão da liberdade de religião, da liberdade individual de escolha de profissão do credo. O arcebispo exortou a importância da dimensão espiritual, como preconizado pela Declaração da ONU de Eliminação da Discriminação Religiosa, mas alertou para o constante desrespeito dessa premissa em diversos lugares do mundo – especialmente onde há uma forte divisão da população no que diz respeito ao credo e onde os Estados são mais teocráticos.

Ele disse que é dever do Estado prover a liberdade de credo e ressaltou três pontos importantes para que isso aconteça de forma plena. Em primeiro lugar, defendeu que o direito de expressar e praticar a religião inclui o direito a realizar atos de caridade e serviços sociais, tais como fornecer assistência médica e educação por meio das instituições religiosas.

Depois, Dom Tomasi destacou que a tolerância religiosa pressupõe também o respeito às diferenças entre as instituições laicas, estatais, e as religiosas, visto que estas últimas são parte da sociedade civil.

Em terceiro e último lugar, ponderou que “o direito de adotar uma religião e de trocar de religião é baseado no respeito pela dignidade humana, e o Estado deve permitir a liberdade para a busca pessoal pela verdade”, explicou Dom Tomasi.

Ao final, o arcebispo e representante do Vaticano na ONU citou o Papa Bento XVI, que declarou no começo do ano aos novos embaixadores na Santa Sé: “liberdade religiosa é o caminho para a paz. E a paz é construída e preservada somente quando os seres humanos podem, livremente, buscar e servir a Deus nos seus corações, nas suas vidas e nas suas relações com os outros”.

Com informações da Rádio Vaticana.

 

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