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Comissão vaticana sobre Igreja na China conclui trabalhos de sua quarta reunião plenária

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 14-04-2010, Gaudium Press) A Comissão vaticana sobre a Igreja na China concluiu hoje os trabalhos de sua quarta reunião, destacando, em uma comunicado, as conclusões e recomendações acerca dos tópicos abordados. A Comissão reuniu-se novamente em plenária, do dia 11 a 13 de abril, no Vaticano, para estudar as questões de maior importância que envolvem o catolicismo no gigante asiático.

“O clima geral de desnorteamento e de ansiedade para o futuro, as dificuldades de circunscrições (eclesiásticas) que não possuem pastores, as divisões internas em outras e a preocupação de outras ainda que não têm pessoal e meios suficientes para enfrentar os fenômenos de crescente urbanização e de despovoamento das áreas rurais”, foram as principais questões levantadas, conforme comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

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Alguns desafios para a Igreja Católica na China são a falta de pastores em algumas circunscrições e as dificuldades na formação de seminaristas

Segundo o texto, uma das principais riquezas da Igreja Católica na China são as muitas religiosas que, “em reais carências econômicas, se desdobram cotidianamente na proximidade às famílias, aos jovens, aos idosos e aos enfermos” e várias associações que fazem obras de caridade e de assistência principalmente para os mais pobres.

No entanto, apesar das obras que dão uma contribuição importante à sociedade chinesa, a Igreja Católica enfrenta certas dificuldades, principalmente as próprias divisões internas no episcopado e no clero, prossegue o comunicado da Comissão. Como a ordenação episcopal ilegítima de Chengde, que é válida na China, mas permanece ilegítima pelo fato de ter sido feita sem um mandato pontifício. A Comissão pede aos bispos ordenados sem o mandato do Santo Padre que professem novamente a própria fidelidade ao Sumo Pontífice.

“Todo bispo envolvido deve, portanto, referir-se à Santa Sé e encontrar o modo de esclarecer a própria posição aos sacerdotes e aos fiéis, professando novamente a fidelidade ao Sumo Pontífice, para ajudá-los a superar seu sofrimento interior e para remediar o escândalo externo que foi causado”, ressaltou o comunicado.

Outros desafios para a Igreja Católica na China, indicados no texto, são a falta de pastores em algumas circunscrições, as próprias fronteiras e as dificuldades na formação de seminaristas. “Olhamos – ressaltam os participantes da plenária – com trepidação e com medo o futuro: sabemos que ele não está inteiramente em nossas mãos e lançamos um apelo para que os problemas não aumentem e as divisões não se aprofundem, com prejuízo da harmonia e da paz.”

Os participantes da Comissão não foram apresentados pela Santa Sé e são, por parte do Vaticano funcionários da Segunda Seção de Secretaria de Estado e das Congregações para a Doutrina da Fé, para o Clero, dos Bispos e Propaganda Fide. Ao fim dos trabalhos, todos encontraram em audiência o Santo Padre, que manifestou “o desejo de unidade com a Sé de Pedro e com a Igreja universal” e a “importância da formação, em particular a espiritual” e da educação “à oração pessoal e litúrgica” da Igreja na China.

No dia 24 de maio, memória litúrgica da Beata Virgem Auxílio dos Cristãos foi renovada como dia dedicado à especial oração para a Igreja Católica na China.

 

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