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Liturgia de Ação de Graças pelos mineiros chilenos é celebrada em Santiago

Santiago (Quarta-feira, 27-10-2010, Gaudium Press) Nesta segunda-feira, foi celebrada no Santuário Nacional de Maipú uma cerimônia de Ação de Graças pela vida dos 33 mineiros resgatados depois de quase três meses presos na mina soterrada de San José. A cerimônia foi presidida pelo presidente da Conferência Episcopal chilena e bispo de Rancagua, Dom Alejandro Goic, e concelebrada pelo arcebispo de Santiago, cardeal Francisco Javier Errázuriz, pelo reitor do Santuário, Padre Carlos Cox; e estavam presentes também representantes das diversas comunidades religiosas pertencentes à Fraternidade Ecumênica do Chile.

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Mineiros resgatados no Chile assistem à cerimônia presidida por Dom Alejandro Goic

Ao ato solene compareceram alguns ministros de Estado, autoridades civis e militares, e os 33 mineiros com suas famílias, os quais se encontram recentemente em Santiago por ocasião de diversas atividades organizadas pelo Governo.

A cerimônia destacou-se por seus emotivos sinais litúrgicos, especialmente pelo “Canto aos 33 mineiros”, composto pelo grupo de religiosos Sembradores de Maipú. No momento das oferendas, 33 crianças apresentaram cruzes chilenas e imagens da Virgem do Carmo missionária e foi levada ao altar uma linda oferenda floral com a inscrição “Estamos vivos em el refugio los 33”), frase que estampou a alegria de todo um povo ante o lindo milagre ocorrido na mina San José.

Cristo Nosso Refúgio

Este foi o título da longa homilia com a que Dom Goic se referiu a diversos temas da atualidade nacional e eclesial. Quase ao fim de sua alocução, o prelado refletiu sobre a atual e futura situação dos 33 trabalhadores, solicitando aos líderes de opinião e meios de comunicação que não interferissem na recuperação dos mineiros e na sua reinserção familiar e social.

“Hoje a vida destes trabalhadores nos parece muito distinta. Hoje estão expostos a situações provavelmente também graves (…) Convidamos todas as pessoas e instituições, de um modo especial os líderes de opinião e os meios de comunicação, a respeitar estes irmãos, a permitir-lhes recuperarem-se dignamente, no contexto de suas famílias e entes queridos. Já viveram uma treva horrorosa”, disse.

E acrescentou: “Não lhes violentemos com uma luz intensa demais que lhes possa apartar de uma vida sem ostentação e alegria. Com grande afeto, dizemos que os mineiros de Atacama são simbolicamente “nossos mineiros”, mas não podemos arrogar-nos da propriedade de suas vidas nem deste testemunho contundente de valor e de fé que nos deram”.

Texto original de Igor Rocco

 

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