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Papa diz que somente vivendo a “caridade na verdade” mundo será mais justo

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Para Bento XVI, o viver a “caridade na verdade” oferece um olhar mais profundo para as grandes questões sociais

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 04-11-2010, Gaudium Press) O Papa saudou hoje em uma mensagem o início dos trabalhos da Assembleia Plenária do Pontíficio Conselho Justiça e Paz, que acontece entre hoje e amanhã na Casa La Salle, em Roma. O tema é a recepção da primeira encíclica social de Bento XVI, “Cáritas in Veritate”, nos diversos continentes.

Escrevendo ao presidente do dicastério, cardeal Peter Turkson, Bento XVI disse que “é preciso uma compreensão profunda da doutrina social da Igreja, em harmonia com todo o seu patrimônio teológico e fortemente enraizada na afirmação da dignidade transcendente do homem, na defesa da vida humana desde a sua concepção até a morte natural e da liberdade religiosa”.

O viver a “caridade na verdade” oferece “um olhar mais profundo” para as grandes questões sociais. Bento XVI pede, assim, a “renovação das culturas e das instituições públicas” através da vida vivida deforma cristã, isto é, nutrida pela oração e pelos sacramentos da Igreja. “Somente com a caridade, apoiada pela esperança e iluminada pela luz da fé e da razão, é possível conseguir os objetivos de libertação integral do homem e da justiça universal”, afirmou.

As sociedades precisam do “ethos” que constitui “um fundamento verdadeiramente sólido” do consenso social e sustenta as regras procedimentais”, continuou. Recordando a encíclica de seu antecessor João XXIII, “Mater er magister”, Bento XVI pondera que certos problemas fundamentais ainda no atual contexto da globalização alteraram os sujeitos, as dimensões e também a coordenação entre os Estados. Para o Papa, estão aumentando as desigualdades do desenvolvimento econômico e financeiro entre as populações do mundo.

Neste sentido, Bento XVI recorda aos cristãos leigos o seu “dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa”. Devem ser “livres e responsáveis” e “se empenharam para promover uma correta configuração da ida social, no respeito da legítima autonomia das realidades terrenas”. Bento XVI, como ontem na audiência geral, também aqui pede a “purificação das consciências” na vida social e pública”. “Que é a própria tarefa dos pastores”, vaticina.

 

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