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A caminho da Espanha, Papa alertou para crescimento de secularismo e anti-clericalismo no país

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 08-11-2010, Gaudium Press) Ainda a bordo do avião pontifício da Alitalia que o levava a Santiago, no sábado, o Papa Bento XVI tratou de delinear aos jornalistas que o acompanhavam a importância daquela sua nova viagem a solo espanhol. Segundo Bento XVI, a Espanha, país de forte tradição cristã, enfrenta atualmente também uma crescente onda de secularismo, similar a que se vê em diversos países europeus, que a Igreja precisa saber enfrentar.

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Papa lembrou que foi em grande parte devido aos caminhos compostelanos que a Europa encontrou sua identidade comum de fé

Bento XVI lembrou que foi em grande parte devido aos caminhos compostelanos que a Europa encontrou a sua identidade comum de fé, e que é neles que deve encontrar também hoje a sua renovação espiritual. A Espanha que deu diversos santos, se tornando na época moderna um grande celeiro “originário” da fé, na Europa e no mundo, “também contribuiu para o nascimento do laicismo, do anticlericalismo, e de um secularismo forte e agressivo”, disse Bento XVI. Foi neste sentido, explicou o Papa, para enfrentar esse novos tempos e pela necessidade de renovação, que foi criada a Congregação para a Nova Evangelização .

Sobre o assumido caráter peregrino de sua viagem, especialmente no que diz respeito a Santiago de Compostela, o Papa confessou que também a sua vida em ministério nas diversas cidades, é um contínuo “estar no caminho”. É o elemento da vida humana e da fé cristã. Segundo o Papa, a peregrinação é uma oportunidade para “sair da rotina, do mundo do útil, do utilitarismo”, afim de começar o “caminho em direção à transcendência” e a liberdade.

Falando sobre a dedicação do templo da Sagrada Família, principal motivo de sua ida à Barcelona, o Papa recordou a necessidade de um dialogo entre fé e razão, juntamente com a arte. Porque, de acordo com o pontífice, “a fé cristã tem a sua identidade somente com a abertura para a razão que busca a verdade”.

“O diálogo, o encontro eu diria, entre arte e fé está inscrito na mais profunda essência da fé; devemos fazer de tudo para que ainda hoje a fé se exprima como arte autêntica”, enfatizou.

 

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