Participantes do Encontro Preparatório do JMJ Madri comemoram o anúncio da beatificação de João Paulo II

Madri (Segunda-feira, 17-01-2011, Gaudium Press) Reunidos no último sábado, 15, em San Lorenzo del Escorial, Espanha, no 2º Encontro preparatório da Jornada Mundial da Juventude Madri 2011, os mais altos representantes do Pontifício Conselho para os Leigos e alguns bispos espanhóis e latinoamericanos falaram com a Gaudium Press a respeito da beatificação de João Paulo II, que foi anunciada na manhã da última sexta-feira, 14, no Vaticano.

Dom Joseph afirmou que a nomeação da beatificação de João Paulo II foi sentida com uma grande alegria

Conforme o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, cardeal Stanislaw Rylko, a beatificação é antes de tudo uma alegria, sendo muito significativo receber a notícia no contexto do encontro preparatório para a JMJ em Madri. “Sabemos como o Servo de Deus João Paulo II amou a juventude. As Jornadas Mundiais são fruto de sua intuição profética. Temos uma grande alegria e gratidão ao Senhor por esta beatificação, que é um dom para toda a Igreja”, destacou.

Além do cardeal Rylko, mais dois membros do Pontifício Conselho para os Leigos teceram comentários a respeito da beatificação do papa polonês. Foram o secretário e o subsecretário do dicastério, Dom Joseph Clemens e o professor Guzmán Carriquiri, respectivamente. Para o primeiro, que sente honrado por ter sido nomeado bispo por João Paulo II, a beatificação do antigo pontífice foi sentida com uma “grande alegria”. Já professor Guzmán disse se tratar de uma notícia “que comove a todos e que transborda todas as fronteiras visíveis da Igreja”.

Em relação aos prelados espanhóis, o bispo auxiliar de Madri e responsável geral desta edição da JMJ, Dom César Franco, disse que estava esperando a notícia com muita vontade. “Havíamos escutado rumores, sabíamos que estavam preparando algo, mas ao escutar a notícia precisamente no ambiente e no contexto de preparação da JMJ 2011, quando falou o cardeal Rylko, fomos invadidos pela alegria em toda a assembleia”, disse o prelado, para quem a beatificação teve um caráter especial. “Ele foi o Papa do meu sacerdócio, o que me fez bispo e naturalmente a alegria tem sido inenarrável”.

Dom Franco disse também que os participantes já haviam combinado com o Comitê Organizador que se a beatificação viesse, João Paulo II se uniria aos demais santos padroeiros da Jornada – ainda que ele ainda não tenha sido canonizado. “Entrará como muito gosto na companhia dos santos que ele tanto amou: São João da Cruz, Santa Teresa de Jesus; os santos da grande tradição espanhola de que João Paulo II era um grande conhecedor”, declarou.

Outro prelado espanhol que se pronunciou sobre o Papa Wojtyla foi o bispo de San Sebastián, responsável pela pastoral dos jovens na Conferência Episcopal Espanhola, Dom José Ignacio Munilla Aguirre. O prelado afirmou que quando escutou a notícia pensou que tudo era providencial. “Tanto o evento como a data (da beatificação). Não apenas porque para João Paulo II significava a Divina Misericórdia, mas também porque este Papa será sempre o Papa dos jovens. E essa convocatória é providencial para animar a Jornada Mundial da Juventude”, afirmou.

Para Dom José Ignácio, beatificação de João Paulo II irá esquentar os motores do JMJ Madri

Segundo o bispo de San Sebastián, obviamente, a beatificação de João Paulo II vai fazer renascer em todos os prelados o estilo dele; o estilo apostolado vocacional que ele semeou. “E eu creio que vamos reviver o momento de glória que foi sua morte, o testemunho que deu perante o mundo de entregar sua vida. Isto vai esquentar o motores definitivamente da Jornada Mundial. Ou seja, este Papa trabalha até lá em cima, do Céu”, completou.

Representando o episcopado latinoamericano, o bispo de Guiana, na Venezuela, e responsável pela Pastoral Juvenil da Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam), Dom Mariano José Parra Sandoval, disse que se trata de um momento de graça para a Igreja. “João Paulo II representou em vida um pontífice que revolucionou a Igreja. A partir do momento de sua morte, houve um clamor de pessoas que o conheceram, que leram suas obras, que participaram de suas atividades pastorais, para que ele fosse declarado santo. De modo que esta beatificação é algo extraordinário para os jovens da América Latina”, concluiu.

Texto original: José Alberto Rugeles