Cardeal Bertone pede abnegação e fidelidade a futuros núncios apostólicos

Para cardeal Bertone, futuros núncios devem ser esclarecidos e bem  assessorados

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 20-01-2011, Gaudium Press) O secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, discursou na tarde da última terça-feira, 18, aos futuros núncios apostólicos. As palavras do purpurado foram proferidas durante a homilia da cerimônia das Vésperas celebrada em razão da Festa de Santo Antônio Abade, Padroeiro da Pontifícia Academia Eclesiástica, instituição na qual os diplomatas da Santa Sé adquirem sua formação.

No início de seu discurso, cardeal Bertone defendeu o valor das atividades desenvolvidas pelos núncios. “Também o trabalho de vocês, no escritório, feito com humildade e descrição, poderá contribuir ao empenho Santa Sé por um mundo muito mais justo e fraterno, em nome de Cristo”. Por isso, segundo o secretário, é necessário que haja núncios esclarecidos, auxiliados por pessoas capacitadas, “com uma visão ampla e profunda da Igreja, uma Igreja que vive nas realidades do mundo e tenta orientá-las em direção à plenitude que é o próprio Cristo”.

O purpurado abordou também a formação adequada para os futuros núncios.. Segundo o cardeal, esta formação se constituiria de alguns pontos fundamentais, entre eles “a necessidade renunciar a si mesmo, aos próprios projetos pessoais, para seguir a Cristo, com o mesmo zelo de Santo Antônio Abade que, levado pelo amor de Jesus, deixou tudo e se dedicou inteiramente à oração e à penitência”, disse.

Cardeal Bertone falou ainda sobre o dia-a-dia do ofício de núncio apostólico, afirmando que a Santa Sé necessita de jovens sacerdotes que vivam com plenitude “os seus dias na oração, no trabalho, na proximidade real às Igrejas locais, com conselhos e afeto, com generoso espírito de abnegação, especialmente nas horas difíceis e por vezes trágicas de um país e de seu povo”, declarou.

Por fim, o secretário de Estado pediu aos sacerdotes da Academia, futuros núncios, que zelassem de maneira profunda à pertença a Cristo e à Igreja sob a orientação do Santo Padre. “Uma profunda alegria é a de serem discípulos de Cristo e servidores do Sumo Pontífice. É a alegria de remar junto com muitos outros irmãos no barco de Pedro, para que ele possa navegar com rapidez, apesar dos ventos contrários e das ondas da história que às vezes o investem”.

Com informações da Rádio Vaticana