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No Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase, Dom Zimowski pede pelo fim do preconceito

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Dom Zygmunt encoraja os doentes de hanseníase a empenharem-se na ajuda a outros doentes

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 31-01-2011, Gaudium Press) Foi celebrado ontem, pela 58ª vez, o Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase. Na ocasião o presidente do Pontifício Conselho para os Operadores Sanitários, Dom Zygmunt Zimowski, divulgou uma mensagem sobre o tema intitulada: “Unir nossos esforços para expressar melhor a Justiça e o Amor pelos doentes de hanseníase”.

Em seu texto, Dom Zimowski recorda que a hanseníase, graças às terapias farmacológicas, é uma doença tratável e que os maiores problemas na sociedade são a ignorância e a discriminação com relação aos portadores. Além disso, em muitos países falta um sistema de saúde adequado e estruturas para o diagnóstico.

A Mensagem do presidente do dicastério da saúde lembra as palavras de Bento XVI sobre necessidade de um cuidado “justo e humano”, nessa época que favorece o culto do corpo enquanto inúmeras pessoas têm dificuldade de acesso aos cuidados básicos de saúde.

O presidente do Pontifício Conselho encoraja os doentes de hanseníase (pejorativamente denominada no passado “lepra”) a empenhar-se na ajuda a outros doentes sobre como combater a doença apresentando a própria história. Como exemplos de trabalhos voltados a essas pessoas, o prelado citou o cardeal canadense Paul-Émile Léger, “apóstolo dos pobres, leprosos e deficientes” em sua pátria e na República dos Camarões, na África; o padre belga Damian de Veuster, missionário dos portadores da doença do Havaí, recentemente canonizado por Bento XVI, e o beato jesuíta polonês Jan Beyzym, que trabalhava entre os doentes de hanseníase em Madagascar.

A hanseníase é tratável, mas requer reabilitação física e social. Todos os anos são diagnosticados cerca de 650 mil novos casos, principalmente na Índia (cerca de 70%), outros casos são registrados também no Brasil e nos diversos países africanos (Moçambique, República Democrática do Congo).

A ONU está trabalhando em uma Declaração contra a discriminação dos leprosos, cujas linhas e princípios foram aprovados em novembro passado.

 

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