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“O amor de Deus nos eleva dos nossos limites, da soberba, do mal e do egoísmo”, diz o Papa na Missa de Ramos

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 18-04-2011, Gaudium Press) Neste domingo, com a celebração da Missa de Ramos na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI abriu o período que antecede uma das festas mais importantes para os cristãos. Tem início a Semana Santa.

A missa solene do Domingo de Ramos começou com a benção e com a solene procissão dos ramos. A festa de ontem recorda a entrada de Jesus em Jerusalém, quando o povo o recebeu em grande festa, com ramos em mãos, gritando “Hosana ao filho de Davi!”.

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Segundo o Papa, vida do homem se desenvolve “entre o amor de Deus e a tentação do mal”

“As grandes conquistas da técnica nos tornam livres e são elementos do progresso da humanidade somente se estão unidas a estes comportamentos – se as nossas mãos se tornam inocentes e o nosso coração puro, se estamos na busca da verdade, a busca do próprio Deus”, disse o Santo Padre na homilia da missa, exatamente uma semana antes da Páscoa do Senhor.

A humanidade é “capaz de voar”, de fazer tantas coisas boas, mas por outro lado há “a força de gravidade que nos puxa para baixo, que é potente”, continuou Bento XVI na homilia proferida na Praça de São Pedro, na presença de cerca de 30 mil pessoas. “Também as possibilidades do mal – prosseguiu o pontífice – aumentaram e se colocam como tempestades ameaçadoras sobre a história. Também os nossos limites permaneceram: basta que se pense nas catástrofes que nestes meses afligiram e continuam a afligir a humanidade”.

Segundo o Papa, a vida do homem se desenvolve entre uma dupla força de gravidade: entre o amor de Deus e a tentação do mal. “Há primeiramente – refletiu o Papa – a força de gravidade que puxa para baixo – em direção ao egoísmo, em direção à mentira e em direção ao mal; a gravidade que nos abaixa e nos distancia da altura de Deus. Por outro lado, há a força de gravidade do amor de Deus: sermos amados por Deus e a resposta do nosso amor nos atrai para o alto”, afirma o Santo Padre. O amor de Deus “nos torna verdadeiros, nos eleva, nos doa a verdadeira liberdade”. É o amor de Deus que eleva os nossos corações “ao alto”.

Bento XVI recordou o antigo símbolo do coração que, segundo os Pais da Igreja, é “o centro do homem, no qual se unem o intelecto, a vontade e o sentimento, o corpo e a alma”, e na qual esta vontade, sentimento e intelecto “se juntam no conhecimento de Deus e no amor por Ele”.

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Cardeais também participaram da Missa de Ramos na Praça São Pedro

Mas o coração humano precisa ser elevado por Deus, ressalta o Papa. “Sozinhos somos muito fracos para elevar nosso coração até a altura de Deus. Não somos capazes”. É a soberba que “nos puxa para baixo e nos afasta de Deus. E somente a humildade de Deus é a forma extrema de seu amor e este amor humilde atrai para o alto e pode superar nossa soberba. Também temos que responder ao amor de Deus com humildade, com as mãos inocentes, o coração puro, a rejeição da mentira, a busca da face de Deus” disse.
“Temos necessidade da humildade da fé que busca o rosto de Deus e se confia à verdade de seu amor”, ressaltou o Santo Padre.

A Praça de São Pedro foi decorada para a festa com 250 mil ramos de oliveira de vários tamanhos; 14 oliveiras; 250 “parmureli” (folhas de palmeira trançadas) de 1,3 metros de altura; e numerosas plantas, folhas e flores (500 ramos de pessegueiro, 2000 rosas, 5000 ramos de pistacchio letnisco, 500 ramos de viburnum opulus roseum, 2000 ramos de murta, 600 ramo medeola, 700 ramos de spirea arguta, 30 samambaias, 500 folhas de canariensis Phoenix, 800 camerops humilis, 1000 folhas de aspidistra).

Os ramos de oliveira para a procissão inicial foram fornecidos pelas Vilas Pontifícias. As outras plantas foram doadas pela Região italiana da Puglia e pelos municípios de Sanremo e Bordighera.

 

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