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Bento XVI recebe nova embaixadora da Espanha junto à Santa Sé

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 18-04-2010, Gaudium Press) Bento XVI recebeu neste sábado, em audiência para a apresentação das cartas credenciais, a nova embaixadora da Espanha junto à Santa Sé, María Jesús Figa López-Palop. Em seu discurso, entre outras coisas, o pontífice ressaltou o difícil período econômico que a Espanha enfrenta agora e, principalmente, o problema do desemprego dos jovens.

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Santo Padre abordou também o difícil período econômico por qual passa a Espanha ultimamente

Segundo o Papa, a Igreja Católica quer e pretende dar uma contribuição substancial a todos. “A Igreja pretende ir além da simples ajuda externa e material e mirar o coração da caridade cristã, pela qual o próximo é antes de mais nada uma pessoa, um filho de Deus, sempre necessitado de fraternidade, de respeito e de acolhimento em qualquer situação ele se encontre”, afirmou o Santo Padre à diplomata.

Bento XVI também destacou os pontos de atuação conjunta da Igreja e do Estado junto à sociedade. De acordo com ele, “a Igreja, no exercício de sua missão, busca o bem integral de todos os povos e de seus cidadãos, agindo no âmbito de suas competências e respeitando plenamente a autonomia das autoridades civis, que aprecia e pelas quais pede a Deus que exerçam com generosidade, honestidade, habilidade e justiça o seu serviço para a sociedade. É neste âmbito no qual convergem a missão da Igreja e a missão do Estado”.

“Neste sentido, a Igreja oferece alguma coisa que lhe é conatural e que beneficia as pessoas e as nações: oferece Cristo, esperança que encoraja e reforça, como um antídoto à desilusão de outras propostas fugazes e a um coração carente de valores, que termina com o endurecer-se a tal ponto de não saber perceber mais o autêntico sentido da vida e o porquê das coisas”, continuou Bento XVI. Esta esperança dá vida à confiança e à colaboração, mudando assim o obscuro presente e dando ânimo para enfrentar com esperança o futuro, seja da pessoa, seja da família e da sociedade”.

O Papa também abordou com a embaixadora o tema da liberdade religiosa, ressaltando que ela não é plenamente respeitada em várias sociedades modernas. “Em certos ambientes, tende-se a considerar a religião como um fator socialmente insignificante e até mesmo molesto”, disse o pontífice, condenando como muitos procuram marginalizá-la, “às vezes através da difamação, do escárnio, da discriminação e até mesmo pela indiferença diante de episódios de clara profanação. (…) Assim se viola o direito fundamental à liberdade religiosa inerente à dignidade da pessoa humana”.

Para Bento XVI, a Igreja quer velar sobre seus direitos fundamentais, sobre o direito à vida humana desde seu início até seu fim natural, sobre a tutela e sobre a ajuda à família, e apoia medidas econômicas, sociais e jurídicas da família bem como “uma educação que inclua valores morais e religiosos segundo as convicções dos pais, como é de seu direito, e como convém ao desenvolvimento integral dos jovens”.

 

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