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Papa alerta na audiência geral que mundo está vivendo “sonolência de Deus”

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 20-04-2010, Gaudium Press) Em uma audiência geral de Semana Santa permeada por alguns improvisos, e em meio a uma Praça de São Pedro lotada com 30 mil fiéis, o Papa Bento XVI dedicou o tema de sua catequese ao Tríduo Pascal, celebrado amanhã. E falou sobre influência do bem e mal, pedindo aos católicos que se preparem para a morte e ressurreição de Cristo.

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Papa também pediu aos fiéis que se preparassem para os momentos finais da Semana Santa

“As modernas sociedades vivem em “uma certa insensibilidade da alma, uma insensibilidade por todo o mal do mundo: não queremos nos deixar perturbar muito por essas coisas, queremos esquecer, talvez; não é somente insensibilidade em relação ao mal, mas também insensibilidade de Deus”, afirmou Bento XVI. “É a nossa verdadeira sonolência pela presença de Deus que nos faz insensíveis também ao mal: não sentimos Deus porque nos perturbaria e assim permanecemos insensíveis ao mal”.

O Santo Padre também pediu aos fiéis que se preparassem para os momentos culminantes da Semana Santa. “Com tal propósito, em vista das iminentes festividades, todo cristão é convidado a celebrar o sacramento da Reconciliação, momento de especial adesão à morte e ressurreição de Cristo para poder participar com maior fruto da Santa Páscoa”, disse Bento XVI, convidando os crentes “a acolherem este mistério de salvação, a participarem intensamente do Tríduo Pascal”, “a buscarem nestes dias o recolhimento e a oração” e a “celebrarem o sacramento da Reconciliação”, também em vista do Tríduo Pascal.

“O Filho de Deus – iniciou o Papa – depois de ter-se feito homem em obediência ao Pai, tornando-se tudo igual a nós, exceto no pecado, aceitou cumprir até o fim a sua vontade, de enfrentar por amor nosso a paixão e a cruz, para nos fazer partícipes de sua ressurreição, para que nEle e por Ele possamos viver para sempre, na consolação e na paz”.

Jesus no cenáculo, prosseguiu o Papa, estava “consciente de sua morte iminente, Jesus, verdadeiro Cordeiro pascal, oferece a si mesmo pela nossa salvação. Pronunciando a benção sobre o pão e sobre o vinho, Ele antecipa o sacrifício da cruz e manifesta a intenção de perpetuar a sua presença em meio aos discípulos: sob a forma do pão e do vinho, Ele se torna presente em maneira real com seu corpo doado e com seu sangue derramado”.

Na síntese em português, o Papa exortou:

“Queridos irmãos e irmãs. Amanhã terá início o Tríduo Pascal, em que a Igreja recorda o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Na Quinta-feira Santa, pela manhã, celebra-se a Missa Crismal, onde tem lugar a renovação das promessas sacerdotais e são abençoados os santos óleos para os sacramentos do Batismo, da Confirmação, da Ordem sacerdotal e episcopal e da Unção dos Enfermos. Pela tarde, inicia-se o Tríduo Pascal propriamente dito, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus, pronunciando a bênção sobre o pão e o vinho, antecipou o seu sacrifício da Cruz e concretizou o desejo de perpetuar a sua presença junto dos discípulos. Este dia conclui com a Adoração Eucarística, na qual recordamos e acompanhamos a agonia do Senhor no horto do Getsémani. Na Sexta-feira Santa, guiados por Jesus até a Cruz, somos convidados a adorar Cristo Crucificado, participando nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum. Finalmente, depois do ocaso do Sábado Santo, celebrando a vitória definitiva de Cristo sobre a morte que nos chama a ser homens novos, recordaremos o nosso Batismo, no qual fomos sepultados com Cristo, para com Ele podermos ressuscitar e participar no banquete celestial”.

 

 

 

 

 

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