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A verdade, o amor e a justiça são as respostas aos desequilíbrios de hoje, afirma Bento XVI

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Conforme o Papa, doutrina social é um elemento essencial da missão evangelizadora da Igreja

Cidade de Vaticano (Segunda-feira, 16-05-2010, Gaudium Press) A verdade, o amor, a justiça são os critérios fundamentais para superar os desequilíbrios sociais e culturais da atual globalização, e o mundo de hoje necessida do “christifideles laici” bem preparados espiritualmente, profissionalmente e eticamente. Essa foi a observação do Santo Padre aos participantes do Congresso Internacional promovido pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, no 50° aniversário da encíclica social do Papa Beato João XXIII, “Mater et magistra”,que foram recebidos hoje de manhã na Sala Clementina do Palácio Apostólico no Vaticano.

O Congresso que teve início hoje em Roma acontece sobre o tema “Justiça e globalização: da “Mater et magistra” à “Caritas in veritate””.

A doutrina social é um “elemento essencial” da missão evangelizadora da Igreja que necessita de um laicado empenhado na justiça social nos vários campos da própria atividade, disse Bento XVI. O humanismo atual precisa de um pensamento cristão formado por uma nova evangelização.

“Sem um pensamento moral – explicou o Papa – que supere a impostação das éticas seculares, como aquelas neo-utilitarísticas e neocontratualísticas, que se fundamentam em um substancial ceticismo e em uma visão prevalentemente imanentista da história, torna-se árduo para o homem de hoje ter acesso ao conhecimento do verdadeiro bem humano”.

Em seguida, o pontífice recordou que desequilíbrios globais, como as desigualdades, diferenças de riqueza, são causa dos vários problemas de justiça e disse que é urgente uma igual distribuição dos recursos e das oportunidades, principalmente para os pobres. Um grave desequilíbrio no campo financeiro, citado pelo Papa, são os “fenômenos de especulação” dos alimentos, da água e da terra. O aumento dos preços dos recursos energéticos primários, disse Bento XVI, causou consequências negativas no ambiente e no próprio homem.

Neste contexto, continuou o Santo Padre, “a questão social de hoje é sem dúvida questão de justiça social mundial”, e convida a nível universal a uma igual distribuição dos recursos materiais e imateriais e a uma globalização da democracia substancial, social e participativa.

 

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