Papa rezou diante de Crucifixo milagroso que salvou Roma da peste
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 16-03-2020, Gaudium Press) Neste domingo , 15 de março, o Papa Francisco deixou o Vaticano e dirigiu-se primeiro à Basílica de Santa Maria Maior e, depois, foi até a Igreja de São Marcelo.
Francisco foi a ambos os lugares para rezar pelo fim da epidemia de coronavirus, não só na Itália, como em todo o mundo.
No Basílica de Santa Maria Maior encontra-se o ícone da Padroeira de Roma, a Salus Populi Romani que já protegeu os romanos por ocasião de pestes e catástrofes.
Na Igreja de São Marcelo está a famosa imagem do Cristo Milagroso que salvou a Roma da peste.
Salus Populi Romanie e Crucifixo milagroso
O Escritório de Imprensa do Vaticano, através de uma declaração de seu diretor informou:
“Esta tarde, pouco depois das 16 horas, o Papa Francisco saiu que Vaticano de forma privada e visitou a Basílica de Santa Maria Maior, para rezar à Virgem Salus Populi Romani, cujo ícone é custodiado e venerado ali”.
Matteo Bruni informou também que, “Sucessivamente, fazendo um trajeto na Via do Corso a pé, como uma espécie de peregrinação, o Santo Padre chegou à Igreja de São Marcello al Corso, onde se encontra o Crucifixo milagroso que em 1522 foi levado em procissão pelos bairros da cidade onde as pessoas rezavam pelo fim da ‘grande peste’ em Roma”.
Bruni adiantou que com sua oração, Francisco “invocou o fim da pandemia que assola a Itália e o mundo, implorando a cura para os muitos doentes, recordou às muitas vítimas destes dias, e pediu que seus familiares e amigos encontrem consolo”.
O Papa rezou também pelos “agentes de saúde, médicos, enfermeiros e a quantos nestes dias com seu trabalho garantem o funcionamento da sociedade”.
A “peregrinação” do Papa prosseguiu até as 17:30h, quando Francisco voltou ao Vaticano.
Imagem do Cristo Milagroso, da Igreja de São Marcelo e a peste
No século XVI houve uma grave epidemia em Roma e o Cardeal Raimondo Vich promoveu uma solene procissão penitencial para implorar a clemência divina.
A procissão durou 16 dias e os cronistas da época assinalam que, ali onde passava o Cristo, a peste se detinha, recordou em sua edição o jornal ‘Il Messaggero’, de Roma.
Diante da atual pandemia do Conavid-19, na Itália, surgiram nas redes sociais muitas pessoas recordando esse fato histórico ocorrido no século XVI e sugerindo que se faça novamente esta procissão pedindo o fim desta peste do coronavirus, mesmo indo contra as disposições estabelecidas pelas autoridades civis italianas. (JSG)
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