Cardeal Makrickas fecha a Porta Santa da Basílica Papal de Santa Maria Maior

Esta foi a primeira Porta Santa, entre as Basílicas papais, a ser fechada. As próximas serão de São João de Latrão, de São Paulo Fora dos Muros e do Vaticano.

Roma – Itália (26/12/2025 12h16, Gaudium Press ) Na tarde de 25 de dezembro, Solenidade do Natal do Senhor, o Cardeal Arcipreste Rolandas Makrickas presidiu o rito de fechamento da Porta Santa da Basílica Papal de Santa Maria Maior. A cerimônia foi iniciada com o purpurado em silêncio subindo os degraus que conduzem à Porta, ajoelhando-se na soleira, onde fez uma oração e em seguida, levantando-se para fechar a porta.

A porta que realmente importa continua sendo a do nosso coração

“Ao fecharmos esta Porta Santa, acreditamos que o coração do Ressuscitado, fonte inesgotável de vida nova, permanece sempre aberto para aqueles que não esperam. O que se fecha não é a graça divina, mas um tempo especial da Igreja, e o que permanece aberto para sempre é o coração misericordioso de Deus”, ressaltou o Cardeal Makrickas.

Em seguida, afirmou que “a porta que realmente importa continua sendo a do nosso coração: ela se abre quando escuta a Palavra de Deus, se dilata quando acolhe o irmão, se fortalece quando perdoa e pede”. Ele também registrou que “atravessar a Porta Santa foi um dom e, a partir de hoje, tornar-nos portas abertas para os outros é a nossa missão para o futuro”.

A Esperança não é ilusão, mas “força concreta que abre novos caminhos”

Em sua homilia, o Arcipreste destacou a particularidade do Jubileu da esperança que em breve será concluído. O Jubileu da Esperança foi “um momento em que a Igreja anunciou, mais uma vez ao mundo inteiro, que Deus não está longe, que a paz é possível, que a misericórdia é mais forte do que o pecado”. Makrickas registrou que a esperança não é ilusão, nem evasão, nem otimismo ingênuo, mas “força concreta que abre novos caminhos”.

Segundo o Cardeal, o ano jubilar não é “um evento a ser arquivado ao seu término, mas um convite a permanência à escuta do Filho, porque sem a escuta da Palavra, a esperança se apaga”. Ele exortou aos fiéis para que seguissem o exemplo de Maria, que “ensinou a todos que a esperança nascente da colhida: acolher Deus na vida, acolher o outro, acolher o futuro sem medo”. Só deixando Deus entrar no coração, é possível abrir a verdadeira Porta Santa, “a da misericórdia, da reconciliação, da fraternidade”.

O Arcipreste concluiu exortando aos presentes para que traduzissem os momentos fortes do Jubileu em oração renovada, atenção concreta aos pobres, reconciliação nas famílias, compromisso criativo no trabalho, presença misericordiosa na comunidade. Só assim, de fato, será possível ter a coragem de ser “uma Igreja com o Evangelho nas mãos e o irmão no coração”.

Fechamento das outras Portas Santas

A Porta Santa da Basílica Liberiana foi realizada pelo escultor Luigi Enzo Mattei e inaugurada por São João Paulo II em 8 de dezembro de 2001. No dia 1º de janeiro de 2016, ela foi aberta pela primeira vez por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Inspirada na imagem Santo Sudário, ela representa Cristo aparecendo à Nossa Senhora Salus Populi Romani. No canto superior esquerdo, se vê o episódio da Anunciação, já à direita, está o Pentecostes. No canto inferior esquerdo, o Concílio de Éfeso, que decretou Maria Mãe de Deus, e, à direita, o Concílio Vaticano II, que a proclamou Mãe da Igreja.

A Porta Santa da Basílica Santa Maria Maior foi a primeira, entre as Basílicas papais, a ser fechada. Na manhã do próximo sábado, 27 de dezembro, será uma vez de São João de Latrão. No dia seguinte, domingo, 28 de dezembro, Festa da Sagrada Família, ocorrerá a inauguração do fechamento da Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros. Os ritos serão presididos pelos respectivos Cardeais Arciprestes, Baldassare Reina e James Michael Harvey. No dia 6 de janeiro, Solenidade da Epifania do Senhor, o Papa Leão XIV fechará a Porta Santa da Basílica do Vaticano. (EPC)