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Ângelus: a figura de São José

O Papa Leão XIV proferiu, antes da oração do Angelus, uma meditação sobre a figura de São José.

Foto: Vatican Media

Foto: Vatican Media

Redação (21/12/2025 10:52, Gaudium Press) Neste quarto domingo do Advento, o Papa convidou os fiéis a meditar sobre São José. A liturgia o apresenta “no momento em que Deus lhe revela, em sonho, a sua missão” (cf. Mt 1,18-24).

A leitura do Evangelho do dia, segundo São Mateus, descreve um homem “frágil e falível, como nós”, enfatizou o Papa, “mas, ao mesmo tempo, corajoso e forte na fé”. Homem “justo”, israelita piedoso cumpridor da Lei e assíduo da sinagoga, José de Nazaré é uma pessoa extremamente sensível e humana. Isso se evidencia na sua reação quando o Anjo que lhe revela o mistério que se realiza em Maria.

“Diante de uma situação difícil de compreender e aceitar”, explicou o Santo Padre, “ele não escolheu, em relação à sua futura esposa, o caminho do escândalo e da condenação pública, mas sim o caminho discreto e benevolente de um repúdio secreto” (cf. Mt 1,19). Ao fazer isso, José demonstrou que compreendia o significado mais profundo de sua própria prática religiosa: a misericórdia.

“A pureza e a nobreza de seus sentimentos”, continuou o Papa, “tornaram-se ainda mais evidentes quando o Senhor, em sonho, revelou-lhe seu plano de salvação, indicando o papel inesperado que ele teria de assumir: ser o esposo da Virgem, Mãe do Messias”.

José, “em um grande ato de fé, abandonou a última margem de suas certezas e se entregou a um futuro que agora estava inteiramente nas mãos de Deus”. “Piedade e caridade, misericórdia e abandono: eis as virtudes do homem de Nazaré que a liturgia nos propõe hoje, para que nos acompanhem nestes últimos dias do Advento, rumo ao Santo Natal”, declarou o Papa.

Leão XIV convidou os fiéis a se inspirarem em José e em suas atitudes, “que educam o coração para o encontro com Cristo e com nossos irmãos e irmãs, e que podem nos ajudar a nos tornarmos, uns para os outros, um presépio acolhedor, um lar hospitaleiro, um sinal da presença de Deus”.

O Papa encorajou a todos a não perderem a oportunidade, neste tempo de graça, de colocar em prática estas virtudes: “perdoando, encorajando, levando um pouco de esperança àqueles com quem convivemos e àqueles que encontramos; e renovando em oração o nosso abandono filial ao Senhor e à sua Providência, entregando-lhe tudo com confiança”.

“Que a Virgem Maria e São José nos ajudem, eles que foram os primeiros a acolher Jesus, o Salvador do mundo, com fé e grande amor”.

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