Leão XIV no Ângelus: apelo de Deus para não brincar com a vida
Nas palavras de São João Batista, “ressoa o apelo de Deus para não brincar com a vida, para aproveitar o momento presente para se preparar para o encontro com Aquele que não julga com base nas aparências, mas nas obras e nas intenções do coração”

Foto: Vatican Media
Redação (07/12/2025 14:52, Gaudium Press) Na alocução que antecedeu o Ângelus, o Papa Leão XIV deteve-se no Evangelho do dia (Mt 3, 1-12), que anuncia a vinda do Reino de Deus. Antes de Jesus, aparece o seu Precursor, São João Batista, que pregava no deserto da Judeia: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
O Papa prosseguiu recordando que, na oração do Pai-Nosso – que rezamos todos os dias –, pedimos justamente: “Venha a nós o vosso Reino”. Foi o próprio Jesus quem nos ensinou esta súplica. Ao pronunciá-la, voltamo-nos para o Novo que Deus reserva para nós e reconhecemos que curso da história não está escrito pelos poderosos deste mundo. “Colocamos nossos pensamentos e energias a serviço de um Deus que vem reinar não para nos dominar, mas para nos libertar”, explicou o Sucessor de Pedro, falando do “Evangelho” em seu sentido etimológico no grego antigo, ou seja, a verdadeira boa nova “que motiva e envolve”.
Reino de Deus: nascimento e novidade
Nas palavras severas de São João Batista, o Papa recordou o apelo de Deus “para não brincar com a vida” e “para aproveitar o momento presente, preparando-nos para o encontro com Aquele que julga, não pelas aparências, mas pelas obras e pelas intenções do coração”.
Este Reino de Deus, manifestado em Cristo, caracteriza-se pela mansidão e misericórdia. O profeta Isaías, compara-o a um rebento que brota de um tronco aparentemente morto, e sobre o qual o Espírito Santo começa a soprar: “uma imagem que não evoca nem poder, nem destruição, mas nascimento e novidade”.
O que parecia humanamente impossível se torna realidade
“Assim, não só brotam realidades que pareciam fracas ou marginais, mas realiza-se o que humanamente se diria impossível, como nas imagens do profeta: ‘O lobo e o cordeiro viverão juntos, e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los’” (Isaías 11,6)”, continuou Leão XIV.
Para este segundo domingo do Advento, o Papa pede para nos prepararmos para o Reino de Deus, tendo por Guia o Menino Jesus, que se colocou nas nossas mãos. “Como o mundo precisa desta esperança! Nada é impossível para Deus”, declarou.
“Esta é a espiritualidade do Advento, tão luminosa e concreta. As luzes ao longo das ruas nos lembram que cada um de nós pode ser uma pequena luz se acolhermos Jesus, rebento de um novo mundo”, concluiu o Papa.





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