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Leão XIV no Ângelus: “não nos deixemos vencer pelo medo”

Em seu comentário sobre o Evangelho deste domingo, durante o Ângelus na Praça de São Pedro, Leão XIV enfatizou a importância de dar testemunho nos momentos e situações mais difíceis. A agressão do mal não pode destruir a esperança daqueles que confiam em Jesus.

Foto: Vatican Media

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Redação (16/11/2025 11:38, Gaudium Press) O apelo de Jesus para não nos deixarmos vencer pelo medo é muito atual, declarou Leão XIV, falando da janela do Palácio Apostólico na Praça de São Pedro diante de 40 mil fiéis, incluindo aqueles que não puderam entrar na basílica mais cedo naquela manhã para participar da missa com o Santo Padre durante o Jubileu dos Pobres. Com o ano litúrgico chegando ao fim, é uma oportunidade para ver que Jesus, considerando as vicissitudes da história, como nos lembra o Evangelho de Lucas neste domingo, “nos convida acima de tudo a não nos deixarmos vencer pelo medo”.

Esse sentimento seria normal, visto que “recebemos diariamente notícias de conflitos, calamidades e perseguições que atormentam milhões de homens e mulheres”. No entanto, “diante dessas aflições” e “da indiferença que procura ignorá-las”, Jesus declara que “a agressão do mal não pode destruir a esperança daqueles que confiam n’Ele”, afirma o Santo Padre. “Quanto mais escura a hora, como a noite, mais a fé brilha como o sol”, continua ele.

Testemunhar mesmo em situações difíceis

É nessas horas escuras que os discípulos de Cristo hoje terão a oportunidade de testemunhar. De fato, “a perseguição aos cristãos ocorre não apenas por meio de armas e maus-tratos, mas também por meio de palavras, ou seja, por meio de mentiras e manipulação ideológica”, enfatiza Leão XIV. “É especialmente quando somos oprimidos por esses males, tanto físicos quanto morais, que somos chamados a testemunhar a verdade que salva o mundo, a justiça que liberta os povos da opressão, a esperança que indica a todos o caminho da paz.”

Jesus, por meio de suas palavras, nada mais faz do que atestar que “as catástrofes e os sofrimentos da história têm um fim, enquanto a alegria daqueles que reconhecem n’Ele o Salvador está destinada a durar para sempre”. A perseverança que demonstrarmos, portanto, salvará nossas vidas, como proclama o Evangelho. É “esta promessa do Senhor” que “nos dá a força para resistir a todas as ofensas e aos acontecimentos ameaçadores da história; não ficamos impotentes diante da dor, pois Ele mesmo nos dá ‘palavras de sabedoria’ para praticarmos constantemente o bem com coração ardente”.

O Papa concluiu, lembrando-nos que “são sobretudo os mártires que nos recordam que a graça de Deus é capaz de transfigurar até mesmo a violência em sinal de redenção. Procuremos com confiança a intercessão de Maria, auxílio dos cristãos. Que, em todas as provações e dificuldades, a Virgem Santa nos console e sustente”.

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