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Novo Presidente da Conferência dos Bispos dos EUA

O novo presidente, Dom Coakley, tem sido um defensor das causas pró-vida. O novo vice-presidente, Dom Daniel Flores é sensível às questões relacionadas com a imigração.

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Redação (12/11/2025 11:55, Gaudium Press) A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) elegeu Dom Paul Coakley, arcebispo de Oklahoma City, como seu próximo presidente. Para o cargo de vice-presidente, foi eleito Dom Daniel Flores, bispo de Brownsville, no Texas. Dom Coakley sucede a Dom Timothy Broglio, arcebispo castrense dos Estados Unidos.

Embora a votação seja secreta, fontes jornalísticas indicam que Dom Coakley foi eleito na terceira votação, com 128 votos contra 109 obtidos por Dom Flores.

Perfil do novo presidente.

Nascido em Norfolk, Virgínia, em 1955, Dom Coakley formou-se pela Universidade do Kansas, onde participou do Programa de Humanidades Integradas. Ordenado sacerdote em 1983, foi nomeado bispo de Salina em 2004. Em 2010, o Papa Bento XVI o designou arcebispo de Oklahoma City, tomando posse em 2011. Seu lema episcopal, “Duc in Altum” (“Navegai em águas profundas”), é extraído do Evangelho de Lucas (Lc 5,4).

Aos 70 anos, completados em maio, o arcebispo possui licenciatura em Teologia sagrada e destaca-se pela promoção da cultura da vida, pela oposição à ideologia de gênero e pelo apoio aos migrantes.

Defesa da vida e da família

A defesa de Coakley de uma cultura da vida dá continuidade à linha de seu antecessor, Dom Broglio, sob cuja presidência os bispos reafirmaram o aborto como “prioridade preeminente” em contextos eleitorais.

Em 2022, o arcebispo elogiou os legisladores de Oklahoma “por apoiarem medidas pró-vida” após uma lei que proibia quase todos os abortos, e declarou: “Construir uma cultura da vida exige reconhecer a dignidade inerente a cada pessoa, o que demanda tanto proteções legais pró-vida quanto uma profunda conversão de coração”.

Contudo, criticou o governo estadual pelo apoio à pena de morte, afirmando no mesmo ano: “O recurso à pena capital apenas contribui para o endurecimento progressivo da sociedade e para a espiral de violência”.

Em 2023, manifestou preocupação com o aumento da disforia de gênero e a difusão da ideologia de gênero na sociedade americana, oferecendo orientações aos pais e condenando o uso de medicamentos e cirurgias para transição de gênero.

Posição sobre imigração

Dom Coakley opôs-se às deportações em massa promovidas durante o governo do presidente Donald Trump. Em fevereiro de 2025, declarou: “Tais medidas geram medo e angústia entre nossos vizinhos imigrantes, migrantes e refugiados, que buscam os mesmos sonhos que motivaram muitos de nossos antepassados”.

Reconheceu, entretanto, que “a imigração ilegal é errada e que esforços renovados para proteger as fronteiras nacionais devem ser considerados”. Alertou para os riscos do tráfico de pessoas e drogas, mas enfatizou que a maioria dos imigrantes irregulares “são membros respeitáveis de nossas comunidades e igrejas, não criminosos violentos”.

O novo vice-presidente

Dom Daniel Flores nasceu em 1961 em Palacios, Texas. Ordenado sacerdote em 1988, exerceu diversos ministérios na Diocese de Corpus Christi antes de ser enviado a Roma para estudos. Posteriormente, lecionou na Universidade de Santo Tomás, em Houston, e atuou como formador e vice-reitor do Seminário de Santa Maria.

Em 2006, o Papa Bento XVI nomeou-o bispo auxiliar da Arquidiocese de Detroit; em 2009, designou-o bispo de Brownsville. Aos 64 anos, Flores tornar-se-á elegível para a presidência da USCCB ao término de seu mandato trienal como vice-presidente.

Doutor em teologia sagrada, ex-professor universitário e bispo desde 2006, foi presidente do Comitê de Doutrina da USCCB e o único prelado da fronteira sul a concorrer à presidência. Integra o Conselho Ordinário do Secretariado Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade e é reconhecido promotor da sinodalidade eclesial.

Em 2017, afirmou que o apoio a deportações em massa constitui “cooperação formal com um mal intrínseco”, comparando-o a facilitar o acesso a clínicas de aborto. Expressou preocupação com a polarização na Igreja e defendeu “o diálogo civilizado para discernir o bem, priorizá-lo e evitar o mal”.

Com informações Infocatolica 

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