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Biblioteca Apostólica do Vaticano digitaliza parte de seu acervo

A iniciativa é uma nova forma da Santa Sé cumprir a missão da Biblioteca Apostólica de colocar as suas obras à disposição dos leitores e preservá-las para os futuros leitores.

Biblioteca Apostolica do Vaticano digitaliza parte de seu acervo 1

Roma – Itália (22/10/2025 10:16, Gaudium Press) A Biblioteca Apostólica do Vaticano está digitalizando parte de seu acervo. De acordo com Timothy Janz, ex-vice-prefeito da biblioteca e agora ‘Scriptor Graecus’, essa iniciativa é uma nova forma da Santa Sé cumprir a missão da Biblioteca Apostólica: colocar as suas obras à disposição dos leitores e preservá-las para os futuros leitores.

Dentre o material do acervo da Biblioteca Vaticana que está sendo digitalizado estão cerca de 80 mil manuscritos históricos e parte de uma coleção com 2 milhões de livros, 100 mil documentos de arquivo e centenas de milhares de moedas, medalhas e gráficos. Algumas dessas obras foram impressas no período mais antigo da tipografia, antes de 1500.

30 mil manuscritos já foram digitalizados

Um dos manuscritos mais antigos da coleção da Santa Sé é o Papiro de Hanna, datado do século III d.C., que já foi digitalizado, assim como o mais antigo manuscrito quase completo da Bíblia em grego: o Codex Vaticanus, do século IV. Este projeto de digitalização foi iniciado no ano de 2012. Até o momento, cerca de 30 mil manuscritos já estão à disposição de forma online.

Em entrevista à Catholic News Agency, Timothy Janz explicou que o objetivo é “ter uma biblioteca digital real que seja realmente utilizável e fácil de usar”. Apesar dos avanços tecnológicos, ele diz acreditar que os manuscritos exigem um toque humano e por isso a Biblioteca Apostólica está sendo mais cautelosa em relação ao uso da inteligência artificial.

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Projeto integrado aos esforços de conservação

Esse processo de digitalização também está sendo integrado aos esforços de conservação dos textos históricos. “Cada manuscrito que vai para os scanners passa primeiro pela nossa oficina de conservação e é examinado minuciosamente para garantir que resista ao esforço da digitalização. Quando a digitalização é concluída, ele volta à oficina de conservação, que verifica se houve alguma alteração”, esclareceu Janz.

“Descobrimos muitos manuscritos que precisavam ser corrigidos, precisavam de trabalho de conservação, como resultado da análise de cada um deles”, afirmou. O ‘Scriptor Graecus’ manifestou seu desejo de ver, em um futuro próximo, a tecnologia tornar possível que transcrições de todos esses manuscritos históricos estejam disponíveis para acadêmicos. Segundo ele, parte deste projeto é garantir que as reflexões e percepções dos que nos antecederam estejam disponíveis. (EPC)

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