Cruzada do Rosário leva 2.000 pessoas às ruas de Londres
Inspirada nas aparições de Nossa Senhora em Fátima, em 1917, a 40ª Cruzada Anual de Reparação do Rosário, neste ano, foi realizada em Londres.
Fotos: Facebook Rosary Crusade UK
Redação (15/10/2025 09:50, Gaudium Press) Pelo menos 2.000 fiéis participaram da 40ª Cruzada Anual de Reparação do Rosário, realizada em Londres no sábado, 11 de outubro. Esse evento, de notável magnitude, constitui um sinal eloquente do renascimento da fé católica na Inglaterra.
Integrantes de todas as idades e procedências percorreram em procissão três quilômetros, desde a Catedral de Westminster até o Oratório de Brompton, rezando o Rosário e entoando hinos religiosos.
Inspirada nas aparições de Nossa Senhora em Fátima, em 1917, e em seu apelo para a recitação diária do Rosário em prol da paz e da conversão, a Cruzada é tradicionalmente realizada no sábado mais próximo de 13 de outubro, data da última aparição da Virgem. Neste ano, a Cruzada coincidiu com a Festa da Divina Maternidade, instituída em 1931 pelo Papa Pio XI, e ocorreu no mesmo dia em que o Papa Leão XIV presidiu o Jubileu da Espiritualidade Mariana na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde os fiéis se uniram em oração do Rosário pela paz mundial.
Ao acolher os peregrinos no Oratório de Brompton, o sacerdote oratoriano Ronald Creighton-Jobe, diretor espiritual da Cruzada há mais de 25 anos, destacou a relevância dessa devoção e também como meio de reparar as blasfêmias contra o Imaculado Coração de Maria.
Ele sublinhou seu significado singular no contexto histórico atual, servindo como ato de reparação “pelos inúmeros pecados e escândalos que proliferam no mundo contemporâneo” e “pelos pecados da Reforma Inglesa, que afastaram tantas almas de Deus”.
O Pe. Creighton-Jobe evocou os “terríveis conflitos em Gaza e na Ucrânia”, bem como a urgência em reparar os “projetos de lei e emendas no Parlamento que se opõem à vida e à lei divina”. Ele aludiu especificamente aos legisladores da Inglaterra e do País de Gales, que recentemente aprovaram a descriminalização do aborto até o nascimento e buscam promulgar uma legislação que autorize o suicídio assistido.
“Rezemos com fervor pela conversão deste país, pela nossa própria conversão e para que ela continue com a graça de Deus”, exortou o sacerdote.
Em seu discurso aos peregrinos, o Abade Cuthbert Brogan, do Mosteiro Beneditino da Abadia de São Miguel, em Farnborough, frisou a importância primordial da intercessão da Santíssima Virgem pela paz universal. Ele afirmou que Maria “é nossa Mãe, Mãe da Igreja, e, como tal, jamais se distancia de nós para nos proteger e amparar. Jesus é a porta, e Maria, a chave dessa porta”.
Citando o grande teólogo siríaco do século VI, São Tiago de Serugh, acrescentou: “Maria é uma ‘barca’ que o Pai Celestial encheu de tesouros e impeliu em direção às nossas praias” — ou seja, uma fonte inestimável de tesouros espirituais para a humanidade, um porto de refúgio e uma embarcação que conduz à vida e à salvação por intermédio de seu Filho.
“Que meditação sublime na festa da Maternidade Divina de Maria!”, exclamou. Diante do expressivo número de participantes, o Abade Brogan observou que era “edificante testemunhar esta cena e constatar a evidência do que a imprensa tem relatado ultimamente: verifica-se um autêntico renascimento da fé católica entre o povo desta nação, especialmente entre os jovens”.
A Cruzada concluiu-se com a procissão da imagem de Nossa Senhora de Fátima, seguida de um tempo de Adoração ao Santíssimo Sacramento e da Bênção.
Com informações National Catholic Register
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