E se chegar atrasado na missa de domingo?
Às vezes me acontece de chegar atrasado na Missa de domingo e sempre fico na dúvida se cumpri o preceito ou não…
Foto: Wikipedia
Redação (14/10/2025 09:14, Gaudium Press) Temos em nossa vida muitos preceitos, alguns mais fáceis, outros mais difíceis de cumprir. Temos também necessidades às quais procuramos atender com alegria e satisfação como, por exemplo, comer, beber, passear, dormir, tirar férias…
Ora, e o nosso encontro semanal com Deus, como fica? Este grande preceito constitui, igualmente, uma imensa necessidade. Não é verdade?
Em primeiro lugar, cabe recordar que “no domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa” (CIC, cân. 1247); e que “cumpre o preceito de participar na Missa quem a ela assiste onde quer que se celebre em rito católico, quer no próprio dia festivo quer na tarde do dia antecedente” (CIC, cân. 1248 § 1).
Quanto ao chegar atrasado à Missa, já desde tempos antigos os moralistas ensinam que o cumprimento do preceito de ouvir Missa inteira nos domingos e festas prevê a presença física da pessoa, do início ao fim.
Entretanto, quando sem culpa o fiel chega atrasado à Missa ou mesmo não consegue assisti-la, ele não comete falta. Por exemplo, quando a causa do atraso foi um acidente de trânsito, a necessidade de atender a um enfermo que depende de cuidados contínuos, o trabalho necessário para seu legítimo sustento, enfim, um motivo que não seja fruto de caprichos pessoais, mas de um fator externo grave e independente da própria vontade.
Para quem deseja fazer um bom exame de consciência a esse respeito, será muito útil o seguinte raciocínio. Quando chego atrasado ao trabalho, haverá desconto em meu salário e, quando produzo pouco, receberei pouco; por outro lado, se me for comunicado que no fim do mês ganharei um grande prêmio caso eu seja exímio cumpridor dos horários, me empenharei ao máximo para nunca me atrasar. Então, tratando-se de ganhar o Céu, vale ou não vale a pena fazer qualquer esforço para ser sempre pontual?
Pe. Ricardo José Basso, EP
Extraído da Revista Arautos do Evangelho, setembro 2025.
Deixe seu comentário