Dois sacerdotes católicos são agredidos na Índia

Os Padres Dean Thomas Soreng e Emmanuel Baghwar foram brutalmente espancados por um grupo de homens armados não identificados.

Foto: Pixabay/Kati.

Jharkhand – Índia (06/10/2025 10:07, Gaudium Press) Na manhã da última quarta-feira, 1º de outubro, um grupo de homens armados invadiu a Igreja católica de São José, localizada no estado de Jharkhand, e espancaram violentamente dois sacerdotes. O caso já é visto pela população local como algo comum, expondo um panorama crescente de assédio e ataques contra cristãos no país.

Motivação do crime ainda é investigada

De acordo com a imprensa local, cerca de doze agressores armados com cassetetes invadiram o templo, por volta das 2h30, e, após saquearem a igreja, roubando uma grande quantia em dinheiro, agrediram de forma brutal ao pároco, Padre Dean Thomas Soreng, e seu vigário, Padre Emmanuel Baghwar. Os sacerdotes foram encaminhados para um centro de saúde, onde receberam atendimento médico e posteriormente puderam retornar à casa paroquial.

Em um primeiro momento, o roubo foi considerado como o principal motivo do ataque. No total, os criminosos subtraíram o valor de 3.400 dólares em dinheiro. Porém, essa justificativa não convence alguns líderes católicos da região, como o Vigário-geral da Diocese de Simdega, Padre Inácio Tete, que acredita que “há uma intenção oculta por trás dos ataques e agressões aos sacerdotes”.

Foto: Myriams/Pixabay.

Hostilidade contra cristãos na Índia

“Eles os amarraram e os espancaram brutalmente. Se a intenção era apenas roubar, por que espancaram nossos padres daquele jeito?”, questiona o Padre Tete, que sugere outra motivação, como um possível descontentamento com o trabalho social da Igreja. “É uma paróquia com apenas uma escola particular. O apostolado educacional e social da Igreja Católica é rejeitado por aqueles que desejam manter o povo oprimido e subjugado”, destacou.

O sacerdote explicou que os projetos da Igreja Católica na Índia, como escolas, hospitais e centros de assistência, não se limitam aos cristãos. Inclusive, a maioria dos beneficiários são hindus ou outros não cristãos. Porém, “isso gera hostilidade contra nós, porque para a Igreja Católica somos todos filhos de Deus, iguais em dignidade, e oferecemos as mesmas oportunidades a todos, independentemente de casta ou credo”. (EPC)