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Papa às religiosas: a força da fidelidade vem de Cristo

Nesta segunda-feira, 22 de setembro, Leão XIV recebeu em audiência uma delegação das Carmelitas Descalças da Terra Santa, das Irmãs de Santa Catarina Virgem e Mártir, das Missionárias Salesianas de Maria Imaculada e das Irmãs de São Paulo de Chartres, por ocasião de seus Capítulos Gerais e Assembleias Gerais.

Foto: Vatican news/ Vatican Media

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Redação (22/09/2025 10:55, Gaudium Press) Uma mulher forte, quem a encontrará? O seu valor é muito superior ao das pérolas”. A partir dessa reflexão, o Sumo Pontífice afirmou ter encontrado uma resposta nas histórias destas quatro fundações religiosas. “Uma característica comum aos Institutos a que pertenceis é a coragem que caracterizou os seus primórdios”, indicou o Papa, explicando que Deus encontrou nestas edificações “não uma, mas muitas mulheres fortes e corajosas, que não hesitaram em correr riscos e enfrentar os problemas para abraçar os seus projetos e responder ‘sim’ ao seu apelo”.

Elogiou também a longevidade destas ereções, sublinhando o fato de as primeiras destas instituições não terem agido apenas no seu tempo, mas “abriram caminho a muitas outras que, como vós, seguindo Cristo pobre, casto e obediente, continuaram a obra, por vezes, até ao martírio”.

Contemplação e compromisso apostólico, raízes da vida consagrada

Leão XIV descreveu as fundadoras destes quatro institutos religiosos como “mulheres extraordinárias”, enaltecendo o seu trabalho missionário, realizado em “tempos difíceis”. Elas “se debruçaram sobre a miséria moral e material das áreas mais abandonadas da sociedade; que, para estarem próximas dos necessitados, estavam dispostas a arriscar a vida, até mesmo a perdê-la, vítimas de uma violência brutal em tempos de guerra”, afirmou o Papa, invocando as palavras do Hymnus Fortem virili pectore, um antigo hino da Liturgia das Horas que “canta os louvores de mulheres como elas, revelando o seu segredo”: “Domaram a carne com o jejum, nutriram o espírito com o doce alimento da oração, saciaram a sede com as alegrias do céu”. Leão XIV enfatizou que estas palavras “sábias e profundas” recordam “as raízes da vossa vida consagrada, tanto na contemplação como no compromisso apostólico”.

O Sumo Pontífice também lembrou às religiosas que “a força da fidelidade”, tanto na contemplação quanto no compromisso apostólico, “provém da mesma fonte, Cristo”, e que os meios para alcançar a sua riqueza são, como ensina a experiência milenar da Igreja, “a ascese, a oração, os Sacramentos, a intimidade com Deus, com sua Palavra, com as coisas do Céu”.

O Santo Padre também utilizou o testemunho milenar desses institutos religiosos para se opor aos discursos que buscam mostrar que as virtudes religiosas são inatingíveis. “Alguns, em nosso mundo imanentista, poderiam pensar que isso é “espiritualismo”, mas seriam facilmente refutados pelo testemunho do que suas congregações fizeram e continuam a fazer ao longo dos séculos.”

Além disso, o Santo Padre insistiu que “tudo isso só foi possível graças à força que vem de Deus”, recordando a experiência apostólica cotidiana. “A nossa obra está nas mãos do Senhor, e nós somos apenas pequenos instrumentos inadequados, ‘servos inúteis’, como diz o Evangelho”, sublinhou Leão XIV. “Se nos confiamos a Ele, se permanecemos unidos a Ele, grandes coisas acontecem, precisamente através da nossa pobreza”, recordando a este respeito Santo Agostinho, que, em De sancta virginitate, recomenda às virgens: “Encaminhai-vos para as alturas com o pé da humildade. [Deus] eleva aqueles que O seguem com humildade […]. Confiai-lhe os dons que vos concedeu, para que vo-los conserve; depositai n’Ele a vossa força” (cf. Sl 58, 10). Mas para isso é preciso “empreender corajosamente o caminho da cruz”.

Com informações Vatican.va

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