Ângelus: deveremos prestar contas do modo como administramos a nossa vida
No Ângelus, deste domingo, 21 de setembro, o Papa convidou os fiéis a refletirem sobre o uso dos bens materiais e a administração da própria vida.
Foto: Vatican news/ Vatican Media
Redação (21/09/2025 17:16, Gaudium Press) No início da sua reflexão, o Papa Leão XIV referiu-se ao Evangelho deste domingo (Lc 16,1-13), que nos convida a refletir sobre como “temos administrado o bem mais precioso de todos, que é a nossa própria vida”.
A Palavra de Deus mostra que ” não somos senhores da nossa vida nem dos bens de que gozamos; tudo nos foi dado como dom pelo Senhor, que confiou este patrimônio ao nosso cuidado, à nossa liberdade e responsabilidade”. O Papa frisou que cada um de nós será chamado a prestar contas “do modo como administramos a nossa vida, os nossos bens e os recursos da terra, tanto perante Deus como perante os seres humanos, a sociedade e, sobretudo, aqueles que virão depois de nós.
Na parábola de hoje, o administrador buscava primeiro o seu lucro pessoal, mas quando finalmente chega o dia em que deve prestar contas e sua administração lhe é retirada, ele precisa refletir sobre o que fazer em relação ao seu futuro. “Nesta situação difícil”, explica o Papa, “ele compreende que o mais importante não é a acumulação de bens materiais, porque as riquezas deste mundo são passageiras. Assim, “ele chama os devedores e ‘abate’ suas dívidas, renunciando, portanto, à parte que lhe caberia”. Dessa forma, “ele perde riqueza material, mas ganha amigos, que estarão prontos para o ajudar e apoiar”.
Segundo Leão XIV, o administrador da parábola, ao administrar as riquezas desonesta deste mundo, encontra uma maneira de fazer amigos e abandonar seu egoísmo. O Santo Padre enfatizou que “mais ainda nós, que somos discípulos e vivemos à luz do Evangelho, devemos usar os bens do mundo e a nossa própria vida pensando na verdadeira riqueza, que é a amizade com o Senhor e com os irmãos”.
Duas escolhas estão abertas a todos, concluiu o Santo Padre: “Podemos seguir o critério do egoísmo, priorizando a riqueza e pensando apenas em nós mesmos; mas isso nos isola dos outros e espalha o veneno de uma competição que muitas vezes gera conflitos. Ou podemos reconhecer tudo o que temos como um dom de Deus a ser administrado, e usá-lo como instrumento de partilha, para criar redes de amizade e solidariedade, para edificar o bem, para construir um mundo mais justo, mais equitativo e mais fraterno.”
“Rezemos à Santíssima Virgem, para que interceda por nós e nos ajude a administrar bem o que o Senhor nos confia, com justiça e responsabilidade”.
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