Milagre da liquefação do sangue de São Gennaro se renova em Nápoles
O prodígio ocorreu às 10h07 (horário local), durante celebração da Santa Missa Solene por ocasião da festa litúrgica do Santo.
Nápoles – Itália (19/09/2025 12:09, Gaudium Press) Na manhã desta sexta-feira, 19, centenas de fiéis reunidos na Catedral de Nápoles (Itália) presenciaram a renovação do milagre da liquefação do sangue de São Gennaro. O prodígio ocorreu às 10h07 (horário local), durante celebração da Santa Missa Solene por ocasião da festa litúrgica do Santo.
Após agitar um lenço branco, o Arcebispo de Nápoles, Cardeal Domenico Battaglia, mostrou aos fiéis o frasco com o sangue liquefeito, gesto acolhido com Fé e devoção pela multidão que lotava a igreja. O religioso ressaltou que o milagre não é “um troféu, mas uma memória viva: a dos mártires que o Amor não abandonou. Olhemos para este sinal não com superstição, mas como um convite a apostar tudo na confiança”.
Inspiração para mudanças sociais concretas
Em sua homilia, o purpurado explicou que “Hoje, Nápoles permanece imóvel como o mar quando o vento se acalma. No seu centro, não um objeto, mas um sinal: uma bolha, uma ferida sangrenta, um nome: Gennaro. O seu sangue tornou-se uma voz que ainda prega à cidade e a convoca a confiar no Evangelho mais do que em qualquer cálculo, mais do que em qualquer prudência”.
O Cardeal fez um apelo para que o sangue do mártir sirva de inspiração para mudanças sociais concretas. “Se hoje pedimos um milagre, que seja este: que o milagre comece dentro de nós. Que uma oficina de paz se abra dentro de cada um de nós… E quando alguém perguntar se o sangue se dissolveu, podemos responder: sim, o sangue se dissolveu. Não só aqui, não só hoje, não só na bolha: ele se dissolveu nos corações”, concluiu.
Fenômeno se repete em três ocasiões no ano
Este fenômeno normalmente acontece três vezes por ano: a primeira delas é no primeiro domingo de maio; a segunda é no dia 19 de setembro, festa de São Gennaro; e a terceira é no dia 16 de dezembro, quando se recorda o milagre produzido pela intercessão do Santo que evitou uma catástrofe após a erupção do vulcão Vesúvio em 1631.
Quando o sangue não se liquefaz, os fiéis locais, que interpretam como um aviso de que pode acontecer algum desastre, são convidados a rezar orações penitenciais, tais como o salmos “Miserere”, pedindo perdão a Deus pelos pecados cometidos. De acordo com registros históricos, a primeira liquefação do sangue de São Gennaro aconteceu no dia 17 de agosto de 1389. (EPC)
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