Espanha: oficialmente anunciada a nomeação do novo núncio
A nomeação de Dom Piero Pioppo estava suspensa desde março. Durante meses, o governo espanhol reteve sua aprovação, devido ao aumento das tensões com a Conferência Episcopal Espanhola.
Redação (16/09/2025 09:38, Gaudium Press) O Papa Leão XIV nomeou Dom Piero Pioppo, arcebispo titular de Torcello e, até então, Núncio Apostólico na Indonésia e na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), como Núncio Apostólico para a Espanha.
A nomeação foi oficialmente anunciada ontem, segunda-feira, 15 de setembro, e comunicada pela Nunciatura Apostólica à Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
Com efeito, a nomeação do Arcebispo Pioppo estava suspensa desde março. Durante meses, o governo espanhol reteve sua aprovação, devido ao aumento das tensões com a Conferência Episcopal Espanhola.
O novo Núncio Apostólico na Espanha nasceu em 29 de setembro de 1960, em Savona, Itália. Foi ordenado sacerdote em 29 de junho de 1985, incardinado na diocese italiana de Acqui Terme, e possui doutorado em Teologia Dogmática.
Ingressou no Serviço Diplomático da Santa Sé em 1º de julho de 1993, prestando serviços nas Nunciaturas Apostólicas da Coreia, Chile e na Seção para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado.
Em 7 de julho de 2006, foi nomeado Prelado do Instituto para as Obras de Religião (IOR). Posteriormente, em 25 de janeiro de 2010, foi nomeado Núncio Apostólico nos Camarões e na Guiné Equatorial e arcebispo titular de Torcello. Sua ordenação episcopal ocorreu em 18 de março de 2010.
Desde 8 de setembro de 2017, exercia as funções de Núncio Apostólico na Indonésia e, a partir de 19 de março de 2018, na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
É fluente em italiano, francês, inglês e espanhol.
Perfil conservador
O novo Núncio é considerado um conservador moderado, perfil que reforça a continuidade da linha adotada por seu antecessor, Dom Bernardito Auza.
Para a Igreja na Espanha, a chegada do Arcebispo Pioppo ocorre em um momento delicado. A sociedade espanhola permanece fortemente polarizada em questões de religião, migração e identidade nacional. A conferência episcopal busca traçar um caminho fiel à doutrina católica, mas sensÃvel ao pluralismo.
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