Haiti: missionária e outros sete reféns libertados após um mês de cativeiro
Gena Heraty, uma missionária irlandesa que trabalha no Haiti desde 1993, foi libertada juntamente com sete reféns, incluindo uma criança de três anos, sequestrados em 3 de agosto do orfanato Sainte-Hélène, a sudeste da capital, Porto Príncipe.
Foto: nospetitsfreresetsoeurs.org
Redação (01/09/2025 08:30, Gaudium Press) A organização Nuestros Pequeños Hermanos (NPH) anunciou a libertação dos oito reféns sequestrados em 3 de agosto por um grupo armado em Kenscoff, uma localidade montanhosa outrora considerada pacífica, a cerca de vinte quilômetros da capital. Entre eles está a missionária irlandesa Gena Heraty, diretora do orfanato Sainte-Hélène, onde ocorreu o sequestro, bem como um menino de três anos com deficiência. Em seu comunicado, a NPH expressou “uma profunda gratidão e um alívio que vai além do que as palavras podem expressar”. As pessoas libertadas estão agora em segurança e recebem acompanhamento médico e psicológico, rodeadas por seus entes queridos.
O cativeiro durou quase quatro semanas, em um clima de grande incerteza. “Cada dia sem notícias era um sofrimento, mas nunca deixamos de rezar”, confia uma funcionária do orfanato Sainte-Hélène. Vigílias de oração se multiplicaram nas paróquias da região, e a Igreja local exortou os fiéis a permanecerem unidos na esperança, apesar do medo. A libertação é vista como uma resposta a essa mobilização espiritual. “Sentimos o poder da oração e da comunhão fraterna”, destaca a NPH. “Essa luz nos dá coragem para continuar servindo aos mais pequenos neste país tão amado”.
Não é a primeira vez que a instituição é atacada. Nenhuma gangue de rua assumiu a responsabilidade pelo último incidente.
Os sequestros ocorrem diariamente no Haiti, onde não há lei. Um dos casos mais notórios aconteceu em 2021, quando a gangue 400 Mawoza sequestrou 17 missionários, incluindo cinco crianças. A maioria deles ficou em cativeiro por mais de três meses.
As Nações Unidas afirmam que mais de 3.000 pessoas foram mortas, e 336 sequestradas no Haiti, nos primeiros seis meses deste ano.
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