Mulher admite ter perseguido, caluniado e difamado sacerdote da Diocese de Criciúma (SC)

Durante seu depoimento, a mulher confirmou que criava as narrativas, justificando que fez isso porque desejava se envolver amorosamente com o Padre, que recusou o convite.

Foto: Pixabay/Himsan.

Criciúma – Santa Catarina (22/08/2025 13:38, Gaudium Press) A Polícia Civil apresentou os detalhes do inquérito policial que investigou ataques contra o Padre Joel Savio, atual reitor do Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza. O sacerdote foi vítima de calúnia, perseguição e difamação por uma mulher que, ao ser questionada pelas autoridades policiais, confessou o crime.

Conteúdo divulgado era manipulado

O caso teve início em fevereiro deste ano, quando imagens supostamente comprometedoras do Padre Joel Savio começaram a circular em redes sociais e grupos de WhatsApp. Entre esses conteúdos estavam prints de conversas manipuladas, vídeos e falsas acusações sobre uso indevido de recursos da Igreja. O material divulgado atingiu a imagem do sacerdote e da Diocese de Criciúma, que acionou a polícia para investigar o caso.

Assim que os policiais iniciaram as investigações foi constatado que o sacerdote estava sendo vítima de perseguição de forma violenta e obsessiva, crime conhecido como ‘stalking’. O episódio causou uma série de ataques difamatórios, caluniosos e persecutórios contra o Padre Joel Savio e outros membros do clero diocesano.

Polícia Civil concluiu as investigações

Intitulada ‘Pax Mentis’, a operação da Polícia Civil apreendeu três celulares na casa da suspeita, que reside na cidade de Imbituba/SC. De acordo com o delegado Márcio Neves, a mulher vinha praticando uma série de atos e as ofensas tinham sido iniciadas em julho de 2024, cessando apenas quando foi cumprida a busca e apreensão dos aparelhos celulares utilizados para criar e divulgar os materiais na tentativa de descredibilizar o sacerdote.

Diante desse desfecho, o Bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inacio Flach ressaltou que “a Igreja não se precipita. Nós queremos achar a verdade. A sociedade é regida pelo direito civil. E a Igreja é regida pelo Direito Canônico. Então precisamos progredir nos dois campos. Nós sempre tomamos providências nesses casos. Esperamos que não aconteça novamente. Se acontecer, tomaremos novamente as providências”.

Confissão da mulher e sentença

Durante seu depoimento, a mulher confirmou que criava as narrativas, justificando que fez isso porque desejava se envolver amorosamente com o Padre, que recusou o convite. Um acordo foi firmado no qual a investigada se comprometeu a realizar a confissão formal e realizar o pagamento de indenização de R$40 mil, valor que será será destinado integralmente para a Casa do Egresso, instituição administrada pela Diocese de Criciúma.

Além disso, a mulher está proibida de falar sobre o Padre Joel Savio, sobre qualquer sacerdote católico e Bispo pertencente à Diocese de Criciúma e de manter contato com qualquer sacerdote pelos próximos dois anos. Em caso de descumprimento a estas determinações, ela terá que pagar uma multa no valor de 20 salários mínimos. (EPC)