Nigéria: Mais de sete mil cristãos foram assassinados no país este ano

Durante os sete primeiros meses de 2025, outras 7.800 pessoas foram sequestradas de forma violenta no país da África ocidental pelo simples fato de serem cristãs.

Foto: Pixabay/Dimitris Vetsikas.

Nigéria – Abuja (20/08/2025 07:54, Gaudium Press) Um relatório divulgado pela Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety) revelou que, entre os dias 1º de janeiro a 10 de agosto deste ano de 2025, 7.087 cristãos foram assassinados por grupos radicais muçulmanos.

Média de 30 cristãos mortos por dia

Essa taxa de homicídios equivale a uma média de 30 cristãos mortos por dia. Ainda de acordo com o documento, durante este mesmo período, outras 7.800 pessoas foram sequestradas de forma violenta no país da África ocidental pelo simples fato de serem cristãs. A Nigéria é atualmente o país com maior perseguição aos cristãos no mundo.

A Intersociety acredita que esse aumento de massacres contra cristãos indefesos se deve à ascensão de grupos terroristas islâmicos que, desde 2017, estão invadindo a Nigéria e operando com grupos armados fulani, e da Aliança para a Jihad na Nigéria, estabelecida no Estado de Níger em junho de 2020.

Estados com maior número de mortes de cristãos

O Estado de Benue foi o mais afetado, com cerca de 1,1 mil mortes. Logo depois está o Estado de Plateau, com 806 mortes. O Sul de Kaduna aparece em terceiro lugar com cerca de 620 mortes. Em seguida, figura a Região Igbo (sudeste), com 615 mortes e a Sudoeste com 610 mortes. O Estado do Níger foi palco de 605 mortes. Outros Estados que registraram mortes foram Kogi (550 mortes), Edo (505), Borno (420), Taraba (320), Delta (216), Katsina (200), Cross River (60) e Bauchi (50).

De acordo com o relatório, os militares nigerianos foram culpados por ao menos 410 mortes de cristãos, através de sequestros e assassinatos indiscriminados sob acusações forjadas, criminalização em massa e discriminação étnico-religiosa. Estima-se que a Nigéria abrigue por volta de 22 grupos terroristas islâmicos que procuram “aniquilar o cristianismo” e impor um sultanato no país até 2075. (EPC)