Gaudium news > Ângelus: agir segundo a verdade tem um custo

Ângelus: agir segundo a verdade tem um custo

“Jesus nos convida, com sua ajuda, a não desistir de fazer o bem, mas a continuar agindo em prol do nosso bem e o de todos, mesmo de quem nos faz sofrer”, destacou o Papa em sua reflexão antes da oração do Angelus na Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo.

Foto: Vatican news/ Vatican Media

Foto: Vatican news/ Vatican Media

Redação (17/08/2025 11:31, Gaudium Press) O Santo Padre referiu-se ao Evangelho do dia (Lc 12, 49-53), onde Jesus explica aos discípulos a sua difícil missão, bem como a missão dos seus seguidores, que muitas vezes é um “sinal de contradição” (cf. Lc 2, 34).

Anúncio de acontecimentos difíceis

O Santo Padre destacou o anúncio de Jesus, que falou aos discípulos sobre o que O esperava em Jerusalém. Ele seria preso, insultado, maltratado e crucificado, pois os chefes do povo reagiriam com crueldade aos seus ensinamentos.

Um destino semelhante aguardava as primeiras comunidades cristãs que, embora fossem pacíficas e procurassem viver a mensagem da caridade do Mestre, sofreriam perseguições.

Preço de fazer o bem

O Papa lembrou que o bem nem sempre é reconhecido, pelo contrário, “justamente porque sua beleza incomoda aqueles que não o aceitam, quem o pratica enfrenta forte oposição e até mesmo abuso e violência”. Leão XIV salientou que “agir segundo a verdade tem um custo, porque há pessoas no mundo que escolhem a mentira e porque o diabo, aproveitando-se disso, muitas vezes tenta impedir a ação dos bons”.

O Santo Padre ressaltou que Jesus nos “convida, com a sua ajuda, a não desistir e a não nos conformarmos com esta mentalidade, mas a continuar a agir em prol do nosso bem e do bem de todos, mesmo de quem nos faz sofrer”. Não devemos “reagir à violência com vingança, mas a permanecer fiéis à verdade na caridade. Os mártires dão testemunho disso, derramando seu sangue pela fé, e nós também, em circunstâncias diferentes e de outras maneiras, podemos imitá-los”.

O Papa apontou o alto preço que um bom pai ou mãe que deseja educar bem seus filhos deve pagar. Às vezes, é preciso dizer “não”, repreender, e isso traz sofrimento. “O mesmo se aplica a um professor que deseja educar adequadamente seus alunos, a um profissional, a um religioso, a um político que decide cumprir honestamente sua missão, bem como a qualquer pessoa que se esforce por exercer com coerência, seguindo os ensinamentos do Evangelho, as suas responsabilidades”.

Leão XIV concluiu, encorajando os fiéis a pedir a Maria Rainha dos Mártires, “que nos ajude a ser, em todas as circunstâncias, testemunhas fiéis e corajosas de seu Filho, e a apoiar os irmãos e irmãs que hoje sofrem por causa da fé”.

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas