Nagasaki: cidade símbolo do catolicismo japonês
“Podemos supor que as bombas atômicas não foram lançadas ao acaso. Como é que, entre todas as cidades, foi escolhida precisamente a cidade japonesa onde o catolicismo, além de ter a história mais gloriosa, era mais difundido e afirmado?” (Cardeal Giacomo Biffi).
Foto: Wikipedia
Redação (09/08/2025 08:39, Gaudium Press) Hoje, 9 de agosto, recorda-se o 80º aniversário do bombardeio atômico de Nagasaki, o segundo (e, esperamos, o último) da história, depois do de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945.
Nagasaki era, então, o centro mais importante da comunidade católica japonesa, com uma história que remonta ao século XVI, marcada por perseguições, mas também por uma comunidade que, durante séculos, manteve a fé em silêncio, batizando secretamente seus filhos, pois não podiam receber a Eucaristia por falta de sacerdotes.
Foi em Nagasaki, em 1597, que 26 católicos foram martirizados. Foi também nesta cidade que outros 56 fiéis foram mortos em 1622.
A bomba nuclear explodiu a 500 metros de altura, a meio quilômetro da catedral Urakami Tenshudo, a catedral da Imaculada Conceição, cujas torres foram usadas como referência pelos pilotos do B-29 que lançaram a bomba de plutônio, chamada “Fat Man”.
Naquele momento, havia cerca de trinta fiéis na catedral, que se confessavam para se prepararem dignamente para as celebrações da Solenidade da Assunção se Nossa Senhora. A catedral destruída era a maior igreja católica da Ásia, construída em 30 anos.
A bomba atômica de Nagasaki matou 40.000 pessoas instantaneamente e feriu 75.000. E, no final de 1945, 74.000 pessoas haviam morrido.
Publicado originalmente no site Agenzia Fides em 9/8/2023. Tradução Gaudium Press.
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