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O cenário da quarta guerra mundial

“Não sei como será a terceira guerra mundial, mas a quarta será com paus e pedras.”

Foto: Ashleigh Joy Photography/ Unsplash

Foto: Ashleigh Joy Photography/ Unsplash

Redação (08/08/2025 10:11, Gaudium Press) Embora a História nos traga memórias de combates e conflitos dentro do nosso país e entre países vizinhos, na América Latina, isso parece ter ficado definitivamente no passado e podemos dizer que vivemos numa região tranquila e não belicosa, pelo menos em comparação com outras partes do mundo que, desde a Antiguidade, vivem de guerra em guerra, intercaladas com pequenos períodos de paz.

Os conflitos pelo mundo afora

Ao falar em guerras, talvez o primeiro lugar que nos venha à mente seja o Oriente Médio, pois crescemos ouvindo notícias sobre os intermináveis conflitos naquela região.

A Europa também já foi – e continua sendo, de tempos em tempos ­– palco de muitos conflitos, com consequências significativas para o continente e para o mundo.

Os Estados Unidos não enfrentam guerras em seu território, propriamente, mas vivem envolvidos em guerras alheias, figurando como um dos países mais temíveis do mundo, sobretudo por sua alta tecnologia bélica e produção de armas, bombas e outros equipamentos de guerra.

Na Ásia, além dos conflitos do Oriente Médio, costuma haver rumores de guerra que assustam o mundo por haver vários países, como a China e a Coreia do Norte, que também produzem bombas atômicas, o que pode ameaçar todo o planeta.

E, por fim, na África também parece haver conflitos intermináveis, envolvendo diversos países assolados por guerras civis e outros que lutam entre si.

Cerca de uma dezena de países declaram possuir bombas nucleares, entre eles Índia e Paquistão; e outros, como Israel, não afirmam possuir, mas não se duvida que possuam.

Bem, diante de tudo isso, apesar dos registros históricos de conflitos que envolveram o Brasil, podemos, por enquanto, respirar aliviados e considerar que vivemos em um lugar de paz.

É difícil compreender a lógica da guerra

Para nós, que vivemos distante dessa realidade e cujas maiores preocupações consistem em pagar 30 reais por um pacote de meio quilo de café, sofrer golpes com desvio de dinheiro das aposentadorias e assaltos, ainda nos é difícil imaginar como seja viver sob a ameaça de guerras e de bombas caindo sobre a cabeça.

No recente episódio do conflito entre Israel e Irã, a presença de alguns prefeitos brasileiros em Israel, que lá estavam para participar de um evento de inovação em segurança pública, nos trouxe a notícia do transtorno de se viver em um local que, frequentemente, ou está atacando ou sendo atacado, e a população não conhece uma paz verdadeira, vivendo sempre sob tensão.

Cada prédio tem o seu bunker, e as pessoas, inclusive as crianças, são treinadas sobre o que fazer em caso de ataques inimigos. Deve ser horrível ir se deitar e não saber se aquela é a última noite para você e a sua família, porque uma bomba pode cair sobre a sua casa e acabar com tudo.

Mas, como não temos esse preparo e, principalmente, esse perigo, torna-se difícil para nós entender a lógica da guerra, uma coisa que existe desde que o mundo é mundo, e parece que só vai deixar de existir quando o mundo acabar.

Durante e após a Guerra Fria

Até o início da década de 1990, havia uma tensão constante durante a chamada “Guerra Fria”, período de intensa rivalidade geopolítica, ideológica e econômica entre os Estados Unidos e a União Soviética, que durou de 1947 a 1991.

Embora nunca tenha ocorrido o temido conflito militar direto entre as duas superpotências, ambas investiram pesadamente no desenvolvimento de bombas e outras tecnologias militares, criando um clima de medo e insegurança, e a expectativa de uma guerra nuclear.

Terminada essa fase, com a dissolução da União Soviética em 1991, ficou o rescaldo oriundo da espionagem, propaganda ideológica, conflitos indiretos e intervenção nos confrontos entre outros países.

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Foto: Wikipedia

Temos acompanhado a guerra da Ucrânia – país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022 cujo conflito parecia pontual e rápido, mas que se arrasta por mais de três anos, com milhões de mortos e feridos e um grande contingente de refugiados – e também o embate entre Israel e a Palestina, na Faixa de Gaza.

E, por último, pudemos ver o conflito recente entre Israel e Irã que também fez algumas centenas de mortos, a maioria deles cidadãos comuns, incluindo crianças, que tiveram suas vidas podadas pela violência cada vez maior e mais bem-elaborada, com o uso da tecnologia, como drones com alto poder de alcance e destruição.

O cenário da Quarta Guerra

Embora não sintamos na pele, é uma realidade que fere nossos corações e nos faz sofrer por nossos irmãos. O risco de uma Terceira Guerra Mundial e a ameaça nuclear atingirão a todos, próximos ou distantes das regiões dos conflitos; belicosos ou pacíficos, todos os povos padecerão.

Por isso destacamos as palavras atribuídas ao cientista alemão Albert Einstein: “Não sei como será a terceira guerra mundial, mas a quarta será com paus e pedras”, afinal, uma guerra nuclear levaria a um cenário de destruição tão grande que poderia eliminar a civilização, e o que sobrasse da humanidade teria de lutar com armas rudimentares como paus e pedras, caso persistisse em suas almas a aparente inevitabilidade dos conflitos e o egoísta desejo de dominação.

Quanto a nós, que estamos aqui, administrando nossos pequenos problemas – porque tudo se torna pequeno diante do inferno das guerras – só nos resta lamentar e rezar, pedindo pela conversão deste mundo que tanto se afastou de Deus, e que venha o quanto antes o Reino de Maria, prenunciado por Nossa Senhora em Fátima.

Por Afonso Pessoa

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