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“Não percam a capacidade de admirar e de se maravilhar”, exorta Cardeal Arcipreste de Santa Maria Maior

O Cardeal Rolandas Makrickas presidiu a Santa Missa Solene pelo aniversário de Dedicação da Basílica Papal de Santa Maria Maior e pela solenidade de Nossa Senhora das Neves.

Nao percam a capacidade de admirar e de se maravilhar exorta Arcipreste de Santa Maria Maior

Roma – Itália (05/08/2025 14:23, Gaudium Press) Na manhã desta terça-feira, 5 de agosto, o Cardeal Arcipreste Rolandas Makrickas presidiu a Santa Missa Solene pelo aniversário de Dedicação da Basílica Papal de Santa Maria Maior e pela solenidade de Nossa Senhora das Neves. Em sua homilia, o purpurado convidou os fiéis a serem “testemunhas” das “grandes obras” de Deus no mundo, com “Fé renovada e coração puro como a neve”. Logo depois, recordou a história do primeiro Santuário Mariano do Ocidente, construído atendendo ao pedido de Nossa Senhora.

Segundo a tradição, durante a noite de 4 para 5 de agosto do ano de 358, uma milagrosa nevasca caiu no centro de Roma, no Monte Esquilino, em pleno verão italiano. Nossa Senhora apareceu em sonho ao Papa Libério lhe pedindo para erguer uma Basílica no local onde havia nevado. Na manhã seguinte, o Pontífice traçou o perímetro do local para construir a primeira Basílica do Ocidente dedicada a Nossa Senhora das Neves, que hoje é uma das quatro Basílicas Papais de Roma: Santa Maria Maior.

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Nevasca símbolo da graça

Evocando o evento da nevasca de pétalas, repetido no dia de hoje em memória à ‘milagrosa nevasca’ ocorrida no ano 358, Dom Makrickas explicou que “todos os anos, milhares de fiéis ficam maravilhados e inspirados pela nevasca de pétalas de rosa brancas que caem do teto da nossa Basílica. Hoje, todos nós também somos testemunhas desse sinal”. A encenação também será repetida na parte da tarde, durante as segundas vésperas presididas pelo Arcebispo Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado.

O Cardeal Arcipreste recordou das palavras do Papa Francisco ao participar das celebrações no ano passado. O Pontífice, que hoje repousa na Basílica, comentou sobre “um duplo sentimento que o fenômeno natural da neve branca sempre suscita na alma humana, a saber: admiração e estupor”. Ele destacou ainda que a nevasca pode ser entendida como “símbolo da graça”, ou seja, de uma realidade que une “beleza e gratuidade”, sendo algo que não se pode “merecer, muito menos comprar, só se pode receber como dom”.

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A alegria não nasce da ausência de problemas

Ressaltando ser algo totalmente “imprevisível”, assim como uma nevasca em Roma em pleno verão, Dom Makrickas fez um convite aos fiéis para que não percam a “capacidade de admirar e de se maravilhar”, pois estes sentimentos fazem parte da própria experiência da Fé. O Cardeal também explicou que a neve evoca ‘a brancura, a candura’, sinais de pertença ao mundo celeste. Além disso, o estupor, a admiração e a brancura, como pureza, graça e manifestação da proximidade de Deus, são realidades reunidas na Virgem Maria.

Por fim, o Arcipreste de Santa Maria Maior afirmou que a Virgem “engrandece as obras do Senhor”, não as suas próprias dificuldades e preocupações, mas o Senhor. E se há sempre a tentação de se deixar dominar pelos medos, Nossa Senhora mostra que “este não é o caminho certo para nós”, colocando Deus como “a primeira grandeza da vida: daí brota o Magnificat, daí nasce a alegria de acreditar e de viver”. A alegria não nasce da ausência de problemas, mas da “Fé na presença de Deus que nos ajuda, que está perto de nós”. Seguindo os passos de Maria, que se reconhece pequena para lembrar as “grandes coisas que o Senhor realiza em nossa vida, na vida da Igreja e no mundo”. (EPC)

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