Crânio de São Tomás Morus poderá ser exumado nos 500 anos de seu martírio
A informação foi confirmada pelo porta-voz da Igreja de São Dunstan em Canterbury, na Inglaterra, local onde a relíquia está conservada.
Canterbury – Inglaterra (21/07/2025 15:58, Gaudium Press) Por ocasião dos 500 anos do martírio de São Tomás Morus, que será comemorado em 2035, o crânio do Santo será exumado. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Igreja de São Dunstan em Canterbury, na Inglaterra, local onde a relíquia está conservada.
“É incomum ter relíquias em uma igreja anglicana, especialmente de um santo católico, e a Igreja Paroquial de São Dunstan vê isso como uma oportunidade de alcance e cooperação ecumênica”, afirmou Sue Palmer, zeladora da Igreja de São Dunstan, em entrevista à Catholic News Agency.
Processo preliminar já foi iniciado
O processo preliminar, para obter as autorizações necessárias que permitiriam a exumação de São Tomás Morus, já foi iniciado pela igreja anglicana, que pretende explorar esta oportunidade para homenagear o mártir católico tão querido por cristãos no Reino Unido e em todo o mundo.
Os próximos passos para que a exumação realmente aconteça é a conversa com especialistas, a elaboração de um requerimento para consideração do comitê consultivo diocesano e, por fim, aguardar a decisão do comissário-geral, que seria o equivalente a um juiz diocesano. Segundo especialistas, todo esse processo é moroso e nada ainda está garantido.
Peregrinos poderão visitar e venerar a relíquia
Através de um comunicado, emitido no dia 6 de julho, quando se celebrou os 490 anos da execução de Morus, a igreja de São Dunstan afirmou estar ciente de que nos 500 anos da morte do Santo os holofotes estarão voltados para este templo, uma vez que não é possível determinar precisamente em que local da Basílica de São Pedro ad Vincula, na Torre de Londres, está o corpo do Santo.
Reforçando sua responsabilidade “tanto com a relíquia quanto com os cristãos e acadêmicos do mundo todo”, a igreja diz que não será capaz de mantê-la só para si. Ainda na declaração divulgada, é explicado que esse trabalho de exumação deve ser iniciado o mais rápido possível e o que restar da relíquia será conservado e exposto para que os peregrinos possam visitar e venerar.
História da relíquia da cabeça de São Tomás Morus
Após ser decapitado por ordem do Rei Henrique VIII, no ano de 1535, a cabeça de São Tomás Morus foi colocada em uma estaca e exibida na Ponte de Londres como um aviso para aqueles que ousassem desafiar a autoridade do monarca. Posteriormente, Margaret Roper, filha de Morus, a recuperou. No ano de 1544, Margaret foi enterrada, junto com a cabeça de seu pai, no jazigo da família Roper, na Igreja de São Dunstan, onde permanece até os dias de hoje. (EPC)
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