Relíquia de São Sebastião é exposta para veneração dos fiéis no litoral de São Paulo

O fragmento de osso do mártir estava conservado na Basílica de São Sebastião, em Roma, na Itália.

Caraguatatuba – São Paulo (18/07/2025 10:20, Gaudium Press) Uma relíquia de primeiro grau de São Sebastião foi exposta em uma Paróquia dedicada ao Santo na Diocese de Caraguatatuba, localizada no litoral norte de São Paulo. O fragmento de osso do mártir estava conservado na Basílica de São Sebastião, em Roma, na Itália.

De acordo com a Diocese de Caraguatatuba, a relíquia veio ao Brasil graças à intermediação de um sacerdote que trabalha no Vaticano e que atendeu a um pedido especial da Paróquia São Sebastião para que a relíquia dos restos mortais do Santo, padroeiro da agricultura e da pecuária, fosse exposta na cidade.

Santa Missa Solene e veneração pública

A relíquia chegou na divisa entre as cidades de São Sebastião e Caraguatatuba no final da tarde do último domingo, 13, e seguiu em carreata até a Igreja Matriz de São Sebastião, onde o Dom José Carlos Chacorowski, Bispo Diocesano de Caraguatatuba, presidiu uma Santa Missa Solene.

Esta Celebração Eucarística ocorreu em homenagem aos 1721 anos do martírio de São Sebastião, que também é conhecido como o Santo protetor das epidemias, pestes, guerras e tempestades. Após a Santa Missa, a relíquia foi exposta para veneração pública dos fiéis devotos que ali se encontravam.

“A Relíquia é um marco histórico para a fé cristã católica que desde a origem marcou a fundação da cidade. Hoje temos um pedaço do osso de São Sebastião, 1.721 anos depois do seu martírio. Que seja expressão de fé, renovação espiritual e coragem para viver bem os nossos dias. Um grande presente que recebemos com júbilo”, afirmou o pároco da Paróquia São Sebastião, Padre Alessandro Henrique Coelho.

 

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São Sebastião Mártir

Sebastião nasceu na França, no final do século III depois de Cristo, e ainda pequeno mudou-se com a família para Milão, onde cresceu e foi educado sob princípios do cristianismo. Nessa época, a região era dominada pelo Imperador Diocleciano que, como seus antecessores, perseguia os cristãos por eles serem considerados inimigos do Estado.

Quando jovem, ele se alistou no serviço militar de Roma e tornou-se um dos oficiais prediletos do Imperador e comandante de sua guarda pessoal. Mas, secretamente e valendo-se de seu alto posto militar, Sebastião fazia visitas frequentes aos cristãos que se encontravam presos para serem levados ao Coliseu, em que seriam devorados por leões ou mortos em lutas com os gladiadores. Com palavras de consolo e de ânimo – fazendo-os acreditar na salvação da vida após a morte, segundo os princípios do cristianismo -, Sebastião ajudava os prisioneiros a enfrentar o martírio.

Mas a fama de benfeitor dos cristãos logo se espalhou e fez com que Sebastião fosse denunciado ao Imperador por um soldado. Diocleciano, que perseguia e expulsava os cristãos de seu exército, foi mais tolerante com o oficial predileto. E mesmo diante de tal traição, o Imperador ainda tentou fazer com que Sebastião renunciasse ao cristianismo. Diante do Imperador, Sebastião não negou a sua fé e foi condenado à morte, sem direito a apelação.

Diocleciano, então, deu ordem a seus soldados para o alvejarem com flechadas e depois o deixarem sangrar até morrer. Vem daí a imagem imortalizada do santo, amarrado a um tronco e com o corpo perfurado por flechas. A devoção a São Sebastião chegou ao Brasil com os portugueses, que além de devotos do santo eram seguidores da mística que girava em torno de D. Sebastião, rei de Portugal, que morreu muito jovem, numa batalha na África, em 1578. (EPC)