Ângelus em Castel Gandolfo: “acolher a vontade de Deus”
Na oração do Ângelus, recitada no palácio apostólico, em Castel Gandolfo, o Papa Leão XIV destacou que “para viver eternamente, não é necessário ludibriar a morte, mas servir a vida”, ou seja, “cuidar da existência dos outros no tempo que compartilhamos”.
Foto: Vatican news/ Vatican Media
Redação (13/07/2025 16:28, Gaudium Press) A alocução de Leão XIV, que precedeu a oração do Ângelus, foi proferida pela primeira vez na Praça da Liberdade, em Castel Gandolfo, depois de celebrar a missa a poucos passos dali, na igreja vizinha de São Tomás de Villanova. O Papa chegou a pé, entre gritos de alegria e braços estendidos de milhares de pessoas, que se aglomeravam ali desde a manhã.
“Mestre, Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?” (cf. Lc 10, 25). Partindo dessa pergunta feita a Jesus, no Evangelho deste domingo, 13 de julho, o Santo Padre destacou que essas palavras expressam “um desejo constante em nossa vida: o desejo da salvação”, ou seja, “de uma existência livre do fracasso, do mal e da morte”.
De fato, ressaltou Leão XIV, a vida eterna, que só Deus pode dar, é transmitida ao homem como herança, de pai para filho. E para receber o dom de Deus, “é preciso aceitar a sua vontade. Como está escrito na Lei”: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e “o teu próximo como a ti mesmo”. A vontade de Deus é “essa lei de vida que o próprio Deus pratica em relação a nós, amando-nos por inteiro em seu Filho Jesus”.
Em seguida, o Santo Padre explicou que, para viver eternamente, “não é necessário ludibriar a morte”, mas “servir a vida”, cuidando da existência dos outros. “Essa é a lei suprema, que precede todas as regras sociais e lhes dá sentido”.
O Papa frisou que, “em Cristo, Deus tornou-se próximo de cada homem e cada mulher: por isso, cada um de nós pode e deve tornar-se próximo daqueles que encontra ao longo do caminho. Seguindo o exemplo de Jesus, Salvador do mundo, também nós somos chamados a levar consolo e esperança, especialmente àqueles que estão desanimados e desiludidos”.
O Pontífice concluiu com uma oração à Virgem Maria, Mãe da misericórdia, para que nos ajude “a acolher em nossos corações a vontade de Deus, que é sempre vontade de amor e salvação, para sermos cada dia construtores da paz”.
Leão XIV saudou e agradeceu a todas as pessoas presentes, em particular às autoridades civis e militares do município de Castel Gandolfo, “pela sua acolhida”. Exortou todos os fiéis a rezarem “pela paz e por todos aqueles que, devido à violência e à guerra, se encontram em sofrimento e necessidade”.
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