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Nigéria: 700 seminaristas no maior seminário do mundo

Pelo Bigard Memorial Seminary de Enugu, na Nigéria, passaram 4 cardeais, 14 arcebispos, 35 bispos e milhares de sacerdotes, não apenas para a Igreja da Nigéria, mas também para Serra Leoa e Camarões.

Foto: Bigard Memorial Seminary de Enugu

Foto: Bigard Memorial Seminary de Enugu

Redação (09/07/2025 21:22, Gaudium Press) Ao longo de 100 anos, o Bigard Memorial Seminary de Enugu, na Nigéria, tem se destacado como um centro de excelência na formação de futuros sacerdotes. Por sua capela e suas salas de aula passaram 4 cardeais, 14 arcebispos, 35 bispos e milhares de sacerdotes, não apenas para a Igreja da Nigéria, mas também para Serra Leoa e Camarões.

A instituição conta atualmente com mais de 700 seminaristas: 548 diocesanos e o restante de oito congregações diferentes, que confiam a este seminário a formação de seus religiosos.

O seminário celebrou no ano passado seu centenário e foi criado, como tantos outros na África, por iniciativa de um missionário. Foi o vigário apostólico do sul da Nigéria, o missionário espiritano Joseph Shanahan, que o inaugurou em 1924.

O instituto esteve localizado inicialmente em Onitsha e passou por diferentes locais: Igbariam, Eke, Ogui… sempre por problemas de espaço, até chegar à sua localização atual em Enugu em 1951, quando foi dedicado a Juana Bigard.

O nome de Juana Bigard é uma homenagem de gratidão à fundadora da Obra Pontifícia de São Pedro Apóstolo para as vocações nos países de missão.

A ajuda que recebeu todos os anos, desde quase a sua fundação, foi decisiva, fruto da generosidade de milhares de fiéis católicos de todo o mundo que consideraram que o maior presente que se pode dar a uma Igreja jovem e dinâmica, como a nigeriana, são sacerdotes bem formados e santos.

Juana Bigard dedicou sua vida a apoiar a formação de sacerdotes

Juana Bigard nasceu na Normandia, onde anos mais tarde nasceria Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões. Sua juventude coincidiu com o pleno desenvolvimento da rede de cooperação missionária dos tempos modernos, impulsionada por tantos fundadores e fundadoras e, sobretudo, pela beata Pauline Jaricot ou Mons. de Forbin-Janson, também fundadores do que viria a ser as Obras Missionárias Pontifícias.

Junto com sua mãe, Estefânia Bigard, Juana se dedicou a ajudar os missionários, mantendo correspondência com muitos deles. Foi precisamente uma carta, recebida em 1º de junho de 1889, que deu início a tudo.

O bispo de Nagasaki da época lhes disse para ajudarem os seminaristas japoneses mais do que os missionários, que já recebiam ajuda de muitas pessoas.

Foi assim que Juana Bigard encontrou sua vocação: dedicar sua vida a todo o mundo missionário que precisava de sacerdotes. A Obra que ela criou, a atual Obra Pontifícia de São Pedro Apóstolo, começou com diversas iniciativas, como bolsas perpétuas, adoção de seminaristas, intenções de oração e diversas formas de obter doações.

Seis anos após sua criação, em 1895, contava com mil associados e uma longa lista de bolsas de estudo, no valor de cem mil francos, em favor de seminaristas asiáticos e africanos. Continuaria crescendo até que, em 1922, o Papa Pio XI a tornou sua, algo que Juana viveu com grande alegria, já que só faleceria em 1934.

No ano passado, esta Obra apoiou 778 seminários, que acolheram 82.859 candidatos. As milhares de pequenas ajudas que chegaram durante tantos anos a tantos lugares do mundo levaram o selo e eram, de alguma forma, um memorial de Juana Bigard.

Com informações Zenit

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