Leão XIV convida religiosas para que, enraizadas no amor de Cristo, lancem as sementes do bem
O Pontífice recebeu em audiência as Irmãs da Ordem de São Basílio Magno, as Filhas da Divina Caridade, as Irmãs Agostinianas do Amparo e as Irmãs Franciscanas dos Sagrados Corações.
Cidade do Vaticano (01/07/2025 19:02, Gaudium Press) Na última segunda-feira, 30 de junho, o Papa Leão XIV recebeu em audiência na Sala Clementina, no Vaticano, as Irmãs da Ordem de São Basílio Magno, as Filhas da Divina Caridade, as Irmãs Agostinianas do Amparo e as Irmãs Franciscanas dos Sagrados Corações.
Algumas destas religiosas estão em Roma para o Capítulo Geral e outras para a peregrinação jubilar. “Em ambos os casos, vocês vêm ao túmulo de Pedro para renovar seu amor ao Senhor e sua fidelidade à Igreja. Trata-se de fazer escolhas importantes das quais depende o futuro de vocês, das Irmãs e da Igreja”, afirmou o Santo Padre durante discurso dirigido às representantes destes institutos religiosos femininos.
Congregações nascidas em momentos e circunstâncias diferentes
O Pontífice afirmou que, apesar delas pertencerem a Congregações nascidas em momentos e circunstâncias diferentes, “suas histórias demonstram uma dinâmica comum, cuja luz de grandes modelos de vida espiritual do passado – como Agostinho, Basílio, Francisco –, através da ascese, da coragem e da santidade de vida de fundadores e fundadoras, inspirou e fez crescer novas formas de serviço, especialmente em relação aos mais frágeis”.
De acordo com Leão XIV, “a alternância dos acontecimentos do seu passado e a vivacidade do presente deixam claro como a fidelidade à antiga sabedoria do Evangelho é o melhor propulsor para quem, impulsionado pelo Espírito Santo, empreende novos caminhos de doação, dedicados ao amor a Deus e ao próximo, na escuta atenta dos sinais dos tempos”.
A importância dos institutos religiosos dedicados aos serviços de caridade
Recordando o Concílio Vaticano II, quando trata dos institutos religiosos dedicados aos serviços de caridade, o Santo Padre ressaltou “a importância de que neles ‘toda a vida dos membros seja imbuída de espírito apostólico e toda a sua ação apostólica seja animada pelo espírito religioso’, para que os religiosos ‘correspondam à sua vocação de seguir a Cristo e a servir a Cristo nos seus membros em íntima união com Ele’”.
Citando Santo Agostinho, ao comentar sobre a primazia de Deus na vida cristã, o Papa destacou que “Deus é o tudo, o seu tudo. Se você está com fome, Deus é o seu pão; se você está com sede, Deus é a sua água; se você está nas trevas, Deus é a sua luz que não tem ocaso; se você está nu, Deus é o seu manto imortal”.
Um convite para lançar as sementes do bem
Em seguida, Leão XIV fez uma provocação às religiosas presentes convidando-as a se questionar “até que ponto isso é verdade para mim? Até que ponto o Senhor sacia minha sede de vida, de amor e de luz? Essas são perguntas importantes, pois foi esse arraigamento em Cristo que levou quem nos precedeu – homens e mulheres como nós, com dons e limitações como os nossos – a fazer coisas que talvez nunca tivessem pensado poder realizar, permitindo-lhes lançar as sementes do bem que, atravessando séculos e continentes, hoje alcançaram praticamente o mundo inteiro, como demonstra a presença de vocês”.
O Papa concluiu seu discurso recordando as palavras que São Paulo dirigiu aos cristãos de Éfeso: “Que Cristo habite em seus corações pela Fé, para que, estando enraizados e alicerçados no amor, vocês possam compreender, com todos os Santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que supera todo conhecimento, para que vocês fiquem repletos de toda a plenitude de Deus”. (EPC)
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