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“Cristo é a resposta de Deus à fome do homem”, assegura Leão XIV

O Pontífice afirmou que “quando nos alimentamos de Jesus, pão vivo e verdadeiro, vivemos por Ele. A nossa natureza faminta traz o sinal de uma indigência que é saciada pela graça da Eucaristia”.

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Cidade do Vaticano (23/06/2025 09:42, Gaudium Press) Na tarde do último domingo, 22, o Papa Leão XIV presidiu a Santa Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, na esplanada da Pontifícia Arquibasílica de São João de Latrão. Durante a cerimônia, que contou com a presença de milhares de fiéis, o Santo Padre refletiu sobre o profundo significado da Eucaristia e o valor da partilha.

O Romano Pontífice iniciou sua homilia assegurando que “é bom estar com Jesus”. Comentando o Evangelho da multiplicação dos pães (Lucas 9,11-17), ele destacou que a compaixão de Nosso Senhor Jesus Cristo revela a proximidade amorosa de Deus. “Quando Deus reina, o homem é libertado de todo mal”, afirmou.

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Quando o Sol se põe e a fome aumenta, Cristo nos surpreende com sua Misericórdia

Porém, mesmo aqueles que recebem a boa nova experimentam os limites da vida, simbolizados pela fome e pelo pôr do sol. “Justamente quando o Sol se põe e a fome aumenta, enquanto os próprios apóstolos pedem para despedir a multidão, Cristo nos surpreende com a sua misericórdia”. Segundo o Papa, “esta fome diz respeito à nossa relação com Deus”, pois em “Jesus há tudo o que é necessário para dar força e sentido à nossa vida”.

Diante de um mundo que vivencia “fome material e espiritual”, Leão XIV contrastou a lógica divina da partilha com a lógica humana da acumulação. “À urgência da fome, Jesus responde com o sinal da partilha”, comentou. Segundo o Sucessor de Pedro, a multiplicação dos pães não foi um ritual de mágica, mas fruto da “gratidão para com o Pai, da oração filial de Cristo e da comunhão fraterna que o Espírito Santo sustenta”.

Trazendo para os dias atuais, o Pontífice afirmou que “no lugar das multidões recordadas no Evangelho estão povos inteiros, humilhados pela ganância alheia mais ainda do que pela própria fome. Diante da miséria de muitos, a acumulação de poucos é sinal de uma soberba indiferente, que produz dor e injustiça”.

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Ao salvar as multidões da fome, Jesus anuncia que salvará todos da morte

O Santo Padre destacou ainda que “o exemplo do Senhor continua a ser para nós um critério urgente de ação e serviço: partilhar o pão, para multiplicar a esperança e proclamar o advento do Reino de Deus”. Além disso, “ao salvar as multidões da fome, Jesus anuncia que salvará todos da morte. Este é o mistério da Fé, que celebramos no sacramento da Eucaristia”.

“Cristo é a resposta de Deus à fome do homem porque o seu corpo é o pão da vida eterna”. Falando sobre a necessidade de nos alimentarmos de vegetais e animais mortos para viver, o Papa afirmou que comer algo morto nos recorda que, por mais que comamos, também nós morreremos. “Porém, quando nos alimentamos de Jesus, pão vivo e verdadeiro, vivemos por Ele. A nossa natureza faminta traz o sinal de uma indigência que é saciada pela graça da Eucaristia”.

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Cristo é um pão que se pode comer, mas não se esgota

Sobre a Eucaristia, Leão XIV citou Santo Agostinho que afirmou que “Cristo é verdadeiramente um pão que alimenta e não falta; um pão que se pode comer, mas não se esgota”. Em seguida, recordou a definição dada pelo Catecismo da Igreja Católica de que a Eucaristia é “presença verdadeira, real e substancial do Salvador, que transforma o pão em si mesmo, para nos transformar n’Ele. O Corpus Domini, vivo e vivificante, torna-nos a nós, isto é, a própria Igreja, corpo do Senhor”.

Por fim, destacou a procissão eucarística pelas ruas de Roma como um sinal visível da Fé que continua. “Oferecemos isso aos olhos, às consciências e aos corações das pessoas”, afirmou, exortando todos a serem testemunhas do amor que sacia toda fome humana. Ele também encorajou os fiéis a se tornarem “hóspedes e testemunhas do amor de Deus”, que se dá sem reservas no pão consagrado.

Após a Santa Missa, o Papa Leão XIV conduziu a procissão com o Santíssimo Sacramento do Altar pela Via Merulana até a Basílica de Santa Maria Maior, onde concedeu a Bênção Eucarística. De acordo com as autoridades locais, por volta de 20 mil fiéis participaram de ambos os eventos. (EPC)

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