Papa Leão XIV elogia a beleza e a harmonia da música polifônica

O Santo Padre destacou a polifonia afirmando que ela é “uma forma musical repleta de significado, tanto para a oração quanto para a vida cristã”.

Cidade do Vaticano (20/06/2025 12:12, Gaudium Press) Durante uma audiência com os participantes de um encontro promovido pela Fundação Domenico Bartolucci nos quinhentos anos de nascimento de Giovanni Pierluigi da Palestrina, o Papa Leão XIV manifestou alegria de participar deste momento no qual, através de palavras e músicas, é celebrada a nova Emissão Filatélica promovida pela Fundação Bartolucci e produzida pelos Correios Vaticanos por ocasião dos cinco séculos de Palestrina.

Um dos compositores que mais contribuiu para a promoção da música sacra

O Pontífice afirmou que este compositor renascentista italiano “foi, na história da Igreja, um dos compositores que mais contribuiu para a promoção da música sacra, para a glória de Deus e a santificação e edificação dos fiéis, no delicado, porém emocionante, contexto da Contrarreforma”.

“Suas composições, solenes e austeras, inspiradas no canto gregoriano, unem intimamente música e liturgia, tanto conferindo à oração uma expressão mais suave e favorecendo a unanimidade, quanto enriquecendo os ritos sagrados com maior solenidade”, destacou o Santo Padre.

Polifonia: uma forma musical repleta de significado

Elogiando a polifonia, o Pontífice ressaltou que ela é “uma forma musical repleta de significado, tanto para a oração quanto para a vida cristã. Graças à riqueza de forma e conteúdo, a tradição polifônica romana, além de nos ter deixado um imenso patrimônio de arte e espiritualidade, continua sendo ainda hoje, no campo musical, um ponto de referência a ser consultado, ainda que com as necessárias adaptações, na composição sacra e litúrgica, para que, através do canto, os fiéis participem plena, consciente e ativamente da liturgia, com profundo envolvimento da voz, da mente e do coração”.

Leão XIV citou ainda a ‘Missa Papae Marcelli’ “que, em seu gênero, é um exemplo por excelência, assim como o repertório precioso de composições que nos foi deixado pelo inesquecível Cardeal Domenico Bartolucci, ilustre compositor e, por quase cinquenta anos, diretor do Coro da Capela Pontifícia Musical Sistina”.

Santo Agostinho sobre o cântico do Aleluia pascal

Por fim, o Papa recordou as palavras de Santo Agostinho sobre o cântico do Aleluia pascal: «Cantemo-lo agora, meus irmãos […]. Como costumam cantar os caminhantes, cantem, mas andem […]. Avante, avante no bem […]. Cantem e andem! Não se desviem do caminho, não voltem atrás, não parem!». “Façamos nosso o seu convite, especialmente neste tempo santo de júbilo”, concluiu. (EPC)