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Sacerdote promove Exercícios Espirituais para detentos na Itália

O Padre Carlo Manunza ressaltou que o resultado desta iniciativa na vida dos detentos foi transformador e que a iniciativa poderia ser replicada em mais presídios.

Sacerdote promove Exercicios Espirituais para detentos na Italia

Sardenha – Itália (05/06/2025 10:28, Gaudium Press) Atendendo ao pedido do capelão do centro de detenção de Nuoro, na Sardenha, o Padre Carlo Manunza conduziu uma piedosa iniciativa com os detentos deste lugar, oferecendo aos mesmos uma oportunidade de experimentar os exercícios espirituais, uma das obras mais importantes de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

Uma Fé oculta, mas viva e capaz de dar esperança

Segundo o sacerdote jesuíta, esta jornada espiritual de iniciação e discernimento é uma forma de dialogar pessoalmente com o Senhor e reconhecer Sua presença ativa em nossas vidas, permitindo que Deus a ponha em ordem para que possamos louvá-Lo e servi-Lo melhor. “Eles [os exercícios espirituais] são o caminho de Deus para nos mostrar como encontrar a felicidade e a salvação”, destacou.

Esta não é a primeira vez que o Padre Manunza ingressa em um presídio, há duas décadas ele teve essa experiência nas Filipinas. Ele afirmou que encontrou no instituto penitenciário uma Fé oculta, soterrada pelas vicissitudes da vida, mas viva e capaz de dar esperança. “Dedicar tempo à oração pessoal fez essa Fé brilhar novamente mesmo em um ambiente difícil como a prisão, restaurou a dignidade e, acima de tudo, permitiu que ela exercesse seu poder transformador, o poder de iluminar a noite”, assegurou.

Santo inacio de loyola

Os resultados na vida dos detentos foram transformadores

Explicando como conseguiu propor os exercícios espirituais na prisão, o sacerdote jesuíta explicou que “bastou apresentar o objetivo que nos propusemos, recordar que mudar de vida é possível e oferecer um método que permitisse a Deus realizar essa mudança concreta”. Ele confessou que foi necessário tempo, paciência e flexibilidade, além de muita escuta, “mas, no fim das contas, esse é precisamente o nosso trabalho”.

O sacerdote acredita que esta experiência poderia ser replicada em outras prisões da Itália, ressaltando que os resultados desta iniciativa na vida dos detentos foram transformadores. “Deus não se deixa vencer em generosidade. Conseguimos isso porque demos um testemunho concreto, feito de gestos e de saber esperar os frutos, adaptando-nos, sem privar os outros da riqueza, por vezes exigente, dos exercícios espirituais, mas, por outro lado, sem fazer com que isso pareça uma barreira intransponível”, concluiu. (EPC)

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