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Papa Leão XIV celebra missa de ordenação sacerdotal na Basílica de São Pedro

Neste sábado, 31 de maio, o Papa Leão XIV procedeu à ordenação sacerdotal de onze diáconos para a diocese de Roma, na Basílica de São Pedro. Ele enfatizou que a identidade do sacerdote depende da união com Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

Foto: Vatican news

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Redação (01/06/2025 10:41, Gaudium Press) “Hoje é um dia de grande alegria para a Igreja e para cada um de vocês que recebem as ordens sacerdotais — juntamente com suas famílias, amigos e companheiros de viagem durante os anos de formação”, assim começou Leão XIV sua homilia na ordenação sacerdotal de onze sacerdotes para a diocese de Roma. Mais de 5500 pessoas reuniram-se na Basílica de São Pedro para partilhar esta alegria. Insistindo na ligação entre o povo de Deus e o sacerdote, o Santo Padre recordou que “a identidade do sacerdote depende da união com Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote”.

A estes onze jovens, com idades compreendidas entre os 28 e os 49 anos, o bispo de Roma descreveu a ação de Deus, que nunca se cansa de reunir os seus filhos, como uma “brisa suave”. “A alegria de Deus não é barulhenta, mas muda realmente a história e aproxima-nos uns dos outros, continuou ele, citando como exemplo dessa alegria o episódio evangélico da Visitação, o encontro entre Maria e Isabel, celebrado pela Igreja neste último dia do mês de maio.

Conceba a sua vida à maneira de Jesus

Referindo-se ao Evangelho de João, cantado alguns minutos antes da homilia, Leão XIV destacou os laços entre Jesus e o mundo, que Cristo entrega nas mãos do Pai e que são fortalecidos pela oração.

“Caros ordenandos, imaginem-se então, vós mesmos, no estilo de Jesus! Ser de Deus – servos de Deus, povo de Deus – nos liga à terra: não a um mundo ideal, mas àquele real. Como Jesus, são pessoas de carne e osso aquelas que o Pai coloca em vosso caminho. Consagrem-se a elas, sem se separarem, sem se isolarem, sem fazer do dom recebido uma espécie de privilégio. Papa Francisco nos alertou tantas vezes contra isso, porque a autorreferencialidade apaga o fogo do espírito missionário”.

A imposição das mãos, transmissão do Espírito criador

Durante a celebração, o Papa, seguido por vários sacerdotes, impôs as mãos sobre os sete estudantes do Grande Seminário Pontifício Romano e os quatro formados no seminário Redemptoris Mater. Este gesto, pelo qual “Jesus acolhia as crianças e curava os doentes”, é o sinal da transmissão do Espírito criador. “O Reino de Deus coloca agora em comunhão as vossas liberdades pessoais, dispostas a sair de si mesmas, unindo as vossas inteligências e as vossas forças jovens à missão jubilar que Jesus transmitiu à sua Igreja”, continuou Leão XIV.

Citando as palavras de São Paulo, o Papa lembra o papel dos sacerdotes como “guardiões”, e não como “mestres”, seguindo Jesus. “Nenhum de nós é chamado a substituí-lo. O dia da Ascensão ensina-nos a sua presença invisível. Ele confia em nós, ele dá-nos espaço”, sublinha. Assim como os sacerdotes acolhem os seus novos irmãos, agora ordenados, Leão XIV pediu aos jovens sacerdotes que dessem espaço “aos fiéis e a todas as criaturas”. “O povo de Deus é mais numeroso do que vemos. Não definamos os seus limites”.

Transparência de vida e credibilidade

Por fim, sempre com base nas palavras de São Paulo, “Vós sabeis como me comportei” (At 20, 18), o Sumo Pontífice exigiu “um testemunho credível” por parte dos sacerdotes, através da transparência das suas vidas. “Vidas conhecidas, vidas legíveis, vidas credíveis!”, exortou.

“Juntos, então, reconstruiremos a credibilidade de uma Igreja ferida, enviada a uma humanidade ferida, dentro de uma criação ferida. Não somos ainda perfeitos, mas é necessário ser críveis”.

“Então a vida desses irmãos que logo serão ordenados sacerdotes é de profunda importância. Agradecemos a eles e agradecemos a Deus que os chamou para servir a todo o povo sacerdotal. Pois juntos ligamos o céu e a terra. Em Maria, Mãe da Igreja, resplandece este sacerdócio comum, que exalta os humildes, une gerações e nos faz bem-aventurados” – disse Leão XIV referindo-se ao hino de Maria no Magnificat.

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