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Papa Leão XIV dá bônus e recebe os funcionários da Cúria Romana

Em sua mensagem aos funcionários da Cúria e aos dependentes do Vaticano, Leão XIV tratou sobre como todos devem contribuir para a unidade e a harmonia.

Fotos: Vatican news/ Vatican Media

Fotos: Vatican news/ Vatican Media

Redação (25/05/2025 14:43, Gaudium Press) Fontes do Vaticano informaram que o Papa Leão XIV restabeleceu a tradição de dar um bônus de 500 euros para os cerca de 4.800 funcionários do Vaticano, sendo 2.000 os que trabalham na Cúria Romana, ou seja, que contribuem para o governo da Igreja, e o restante para o trabalho do Estado Pontifício, em museus, manutenção, segurança, comunicação e saúde.

Tradicionalmente, um bônus é oferecido aos funcionários do Vaticano após a eleição de um novo papa, mas Francisco havia interrompido essa tradição.

O bônus foi entregue na última sexta-feira e, no sábado de manhã, o Sumo Pontífice recebeu os funcionários em audiência com suas famílias, que o receberam com um aplauso caloroso, longo e forte. Estavam presentes cerca de 5.000 pessoas que atuam em vários âmbitos administrativos, técnicos e operacionais, sacerdotes, freiras, religiosos, mas sobretudo leigos.

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Uma ocasião simplesmente para agradecer

“Este nosso primeiro encontro não é certamente o momento para discursos programáticos, mas é antes uma ocasião para agradecer a vocês pelo serviço que prestam e que eu, por assim dizer, ‘herdei’ dos meus predecessores”, afirmou o Pontífice, cujo discurso foi interrompido várias vezes pelos aplausos dos funcionários e familiares.

“Os papas passam, a Cúria permanece”, ressaltou o Bispo de Roma, destacando que isso “é verdade em cada Igreja particular, para a Cúria Episcopal. E também é verdade para a Cúria do Bispo de Roma”.

O Pontífice discorreu sobre o trabalho e a missão da Cúria:

“A Cúria é a instituição que preserva e transmite a memória histórica de uma Igreja, do ministério de seus bispos. Isso é muito importante. A memória é um elemento essencial em um organismo vivo. Ela não apenas trata do passado, mas nutre o presente e orienta o futuro. Sem memória, o caminho se perde, perde seu senso de direção”.

O Papa Leão explicou o que significa trabalhar na Cúria:

“Trabalhar na Cúria Romana significa contribuir para manter viva a memória da Sé Apostólica, no sentido vital que acabei de mencionar, para que o ministério do Papa possa se desenvolver da melhor maneira possível. E, por analogia, isso também pode ser dito sobre os serviços do Estado da Cidade do Vaticano”.

O trabalho da Cúria também está inserido no trabalho missionário da Igreja:

O Pontífice também recordou que a experiência missionária faz parte de sua vida, “e não só como batizado, como todos os cristãos, mas também porque como religioso agostiniano fui missionário no Peru”. “Não tenho palavras para agradecer ao Senhor por esse dom”, afirmou. “Depois, o chamado para servir a Igreja aqui, na Cúria Romana, foi uma nova missão, que compartilhei com vocês nestes últimos dois anos. E ainda continuo e continuarei, enquanto Deus quiser, neste serviço que me foi confiado”.

Nesta obra missionária do Pontífice, “para servir a comunhão, a unidade, a caridade e a verdade”, “cada um dá a sua contribuição realizando o seu trabalho cotidiano com empenho e também com fé, porque a fé e a oração são como o sal para a comida, dão sabor”.

“Cada um pode ser um construtor da unidade com suas atitudes em relação aos colegas, superando os inevitáveis mal-entendidos com paciência e humildade, colocando-se no lugar dos outros, evitando preconceitos, e também com uma boa dose de humor, como o Papa Francisco nos ensinou”.

“Obrigado novamente, do fundo do meu coração”, repetiu o Pontífice antes de concluir seu discurso.

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