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Missa pela eleição do Papa: “A oração é a única atitude justa e necessária”

Como prelúdio do conclave, a missa Pro Eligendo Romano Pontifice (para a eleição do Romano Pontífice) foi presidida na Basílica de São Pedro nesta quarta-feira, 7 de maio, pelo Cardeal Giovanni Battista Re e concelebrada pelos 133 cardeais eleitores.

Foto: Vatican news/ Media/ X

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Redação (07/05/2025 09:54, Gaudium Press) Na manhã desta quarta-feira, 7 de maio, na Basílica de São Pedro, foi celebrada a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, com a presença dos cardeais e de mais de cinco mil fiéis. O Cardeal Giovanni Battista Re, Decano do Colégio dos Cardeais, que presidiu a celebração, enfatizou que a eleição do novo papa não é uma simples sucessão de pessoas, “mas é sempre o apóstolo Pedro que retorna”.

Em sua homilia, recorrendo à leitura dos Atos dos Apóstolos sobre como, após a ascensão de Cristo ao céu, “todos perseveravam unidos em oração junto com Maria, a Mãe de Jesus”, o Cardeal Re observou que todos os reunidos ali também estavam fazendo isso, rezando juntos, a poucas horas antes do início do Conclave, “sob o olhar de Nossa Senhora, colocada ao lado do altar, nesta Basílica que se ergue sobre o túmulo do Apóstolo Pedro”.

O Cardeal Re explicou que, nesta celebração, “invocamos a ajuda do Espírito Santo, implorando sua luz e força para que seja eleito o Papa de que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história.”

“O mundo de hoje espera muito da Igreja para custodiar os valores humanos e espirituais fundamentais, sem os quais a convivência humana não pode melhorar nem trazer o bem para as gerações futuras”. Assim, o Decano do Colégio de Cardeais rezou “para que Deus conceda à Igreja o Papa que melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual, caracterizada por um grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus. Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, nos auxilie com sua materna intercessão, para que o Espírito Santo ilumine as mentes dos cardeais eleitores e os torne concordes na eleição do Papa de que o nosso tempo necessita.”

“Rezar, invocando o Espírito Santo, é a única atitude justa e necessária”, ressaltou o cardeal, “enquanto os Cardeais eleitores se preparam para um ato de máxima responsabilidade humana e eclesial, e para uma escolha de excepcional importância; um ato humano pelo qual se deve deixar de lado qualquer consideração pessoal, tendo na mente e no coração apenas Deus e o bem da Igreja e da humanidade.”

Conforme proclamado na leitura do Evangelho durante a celebração, o Cardeal Re lembrou como Jesus conclama todos a amarem uns aos outros como Ele os amou, até o ponto de dar a própria vida, uma mensagem de amor sem limites que o Senhor chama de “novo” mandamento.

“O amor que Jesus revela não conhece limites e deve caracterizar os pensamentos e ações de todos os seus discípulos, que devem sempre demonstrar amor autêntico em seu comportamento e empenhar-se na construção de uma nova civilização — aquela que Paulo VI chamou de ‘civilização do amor’. O amor é a única força capaz de mudar o mundo.”

As leituras também lembram do dever de “manter a unidade da Igreja no caminho traçado por Cristo aos Apóstolos”. Essa unidade da Igreja “é desejada por Cristo”, explicou ele, uma unidade que é forte e marcada pela “profunda comunhão na diversidade, desde que seja mantida a plena fidelidade ao Evangelho”.

“A eleição do novo Papa não é uma simples sucessão de pessoas, mas é sempre o Apóstolo Pedro que retorna”, afirmou Re, reiterando que o Papa “é a rocha sobre a qual a Igreja é edificada” (cf. Mt 16,18).

A partir desta quarta-feira à tarde, os 133 cardeais eleitores darão seus votos na Capela Sistina, onde, como afirma a Constituição Apostólica Universi dominici gregis, “tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado” No Tríptico Romano“, lembrou o Cardeal Re, ‘o Papa João Paulo II queria que a imagem imponente de Jesus, o Juiz, pintada por Michelangelo, lembrasse a todos, no momento da grande decisão através do voto, a grandeza da responsabilidade de colocar as ’chaves supremas’ nas mãos certas”.

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